BoE/Bailey: avaliação sobre qual será tempo do aperto monetário depende de analisarmos dados

"Manteremos as taxas de juro suficientemente altas por tempo suficiente para a inflação retornar à meta de 2%", disse em entrevista coletiva

Estadão Conteúdo

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O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, disse há pouco que a avaliação da autoridade sobre o período total em que a política monetária do país permanecerá em nível restritivo depende dos dados futuros de atividade.

Na manhã de hoje, o BoE decidiu manter a taxa básica de juros do Reino Unido em 5,25%. “Manteremos as taxas de juro suficientemente altas por tempo suficiente para a inflação retornar à meta de 2%”, afirmou Bailey em entrevista coletiva. Em setembro, a inflação anual do Reino Unido foi de 6,7%. “O tempo necessário para a política monetária se manter restritiva depende dos dados que iremos receber”, disse.

Durante a coletiva, o presidente do BoE enfatizou que não há qualquer discussão sobre redução dos juros por enquanto, e que o reforço desta posição nos comunicados da autoridade monetária não é nenhuma tentativa de influenciar na curva de juros do mercado financeiro, que tem apostado em cortes a partir do segundo semestre do próximo ano.

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Apesar de ainda acima da meta de 2%, Bailey pontuou que a inflação anual vem caindo, e deve fechar o mês de outubro abaixo de 5%. Ele ressaltou, porém, que os dados de mercado de trabalho do Reino Unido têm mostrado um ambiente “apertado” e que a taxa de desemprego deve se manter estável nas próximas leituras.

Inflação

Bailey projeta que a inflação do país deve fechar o mês de outubro abaixo dos 5%, após encerrar setembro em 6,7%, na taxa anual.

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“Esperamos que a inflação dê outro passo importante para baixo em outubro, de 6,7% em setembro para algo levemente abaixo de 5%, e que se mantenha ao redor desse nível até o final do ano”, afirmou o presidente do BoE.

Durante sua fala, contudo, Bailey ressaltou que existem alguns riscos altistas para as projeções de inflação, sobretudo pela possível pressão nos preços de energia e combustíveis. Ele destacou, por outro lado, que a inflação de alimentos está caindo “um pouco mais rápido do que o esperado”.

Para Bailey, o atual conflito no Oriente Médio entre Israel e o Hamas é um ponto de atenção e risco para o comportamento da inflação no país nos próximos meses.