Banco da Inglaterra eleva juros em 0,25 ponto percentual, dentro do esperado

Juro de referência subiu de 5,00% para 5,25%; Banco Central voltou ao ritmo anterior após surpresa de de alta de 0,50 p.p. em junho

Roberto de Lira

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O Banco da Inglaterra (BoE) voltou a elevar sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual na reunião de política monetária desta quinta-feira (3), chegando assim ao seu 14º aumento seguido. As taxas do juro de referência subiram de 5,00% para 5,25%. A decisão ficou dentro da mediana das projeções de analistas.

O BoE voltou ao ritmo que vinha sendo imprimido em março e maio, com altas de 25 pontos-base. Na reunião de junho, a autoridade monetária acelerou para 0,50 p.p., surpreendendo o mercado.

O banco destacou que a inflação acumulada em doze meses caiu de 8,7% em maio para 7,9% em junho, abaixo do esperado na reunião anterior do Comitê. O CPI bens e serviços básicos foi menor do que o esperado e  a percepção foi que as pressões inflacionárias, embora persistentes, tenham sido muito menores. Em comparação com as projeções do relatório de maio, a inflação de junho ficou em linha com as expectativas.

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O BoE comentou que a inflação medida pelo CPI permanece bem acima da meta de 2%. No entanto, está prevendo que a taxa atual caia significativamente, para cerca de 5% até o final do ano, devido a uma menor inflação de preços de energia e, em menor grau, de alimentos e bens essenciais. A inflação de preços de serviços, no entanto, deve permanecer elevada perto de sua taxa atual no curto prazo.

A decisão de hoje foi tomada por maioria, com 6 votos favoráveis à subida de juros no ritmo de 25 pontos-base. Dois membros do Comitê votaram por elevar a tarifa bancária em 0,50 pontos percentuais, para 5,5%, e um integrante votou pela manutenção dos juros.

O Banco Central britânico comunicou que  continuará monitorando de perto as indicações de pressões inflacionárias persistentes e a resiliência na economia como um todo, incluindo o aperto das condições do mercado de trabalho e o comportamento do crescimento salarial e da inflação de preços de serviços. Se houver evidências de pressões mais persistentes, será necessário um maior aperto na política monetária, informou.