SEC pediu para Coinbase remover todas as criptos exceto Bitcoin, revela CEO

CEO da exchange, Brian Armstrong, revelou informação ao Financial Times no domingo (30)

Lucas Gabriel Marins

Brian Armstrong, cofundador e CEO da Coinbase (Matt Winkelmeyer/Getty Images para a Vanity Fair)
Brian Armstrong, cofundador e CEO da Coinbase (Matt Winkelmeyer/Getty Images para a Vanity Fair)

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A Securities and Exchange Commission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) pediu para a Coinbase interromper a negociação das cerca de 200 criptomoedas ofertadas em sua plataforma, com exceção do Bitcoin (BTC).

A informação foi repassada pelo CEO da exchange, Brian Armstrong, ao jornal Financial Times, que publicou matéria sobre o assunto no domingo (30).

“Eles (SEC) se voltaram para nós e disseram que acreditam que todos os ativos além do Bitcoin são valores mobiliários”, disse Armstrong.

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“E nós dissemos: ‘como chegaram a essa conclusão? Essa não é a nossa interpretação da lei’. E eles disseram que ‘não vamos explicar, você precisa excluir todos os ativos que não sejam o Bitcoin’”.

O pedido, disse Armstrong ao jornal, foi feito antes de o regulador abrir um processo contra a corretora, no início de junho.

Na ação ingressada no mês passado, a SEC acusou a empresa de violar as regras do mercado de valores mobiliários ao permitir que os usuários comprem e vendam tokens que, segundo o entendimento do órgão, são títulos não registrados.

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“Alegamos que a Coinbase, apesar de estar sujeita às leis de valores mobiliários, combinou e ofereceu ilegalmente operações de câmbio, corretora e câmara de compensação”, disse o presidente da SEC, Gary Gensler, em comunicado divulgado na época.

Em nota ao jornal, a SEC informou que sua divisão de fiscalização não fez pedidos formais para “empresas retirarem ativos cripto”.

“No decorrer de uma investigação, a equipe pode compartilhar sua própria opinião sobre qual conduta pode levantar questões para a comissão sob as leis de valores mobiliários”, acrescentou.

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Desde o colapso da FTX no final de 2022, que colocou a credibilidade do mercado cripto em xeque, a CVM dos EUA aumentou a pressão regulatória em cima dos players do setor.

Além do processo contra a Coinbase, que é uma empresa de capital aberto nos EUA, a SEC também acusou a exchange Binance de violar as regras do mercado de capitais do país.

Nas duas ações, tokens como Cardano (ADA), Axie Infinity (AXS), BNB Chain (BNB), Filecoin (FIL) e Solana (SOL) entraram na mira do regulador.

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Lucas Gabriel Marins

Jornalista colaborador do InfoMoney