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Tony Blair diz que conflito na Ucrânia só terminará com solução que garanta segurança contra a Rússia

Importante que as pessoas de outras partes do mundo entendam que, se o conflito parece distante, na Europa é muito real, enfatiza ex-premiê

Equipe InfoMoney

Militar separa projéteis e armas de minas não detonadas, na cidade de Zolochiv, região de Kharkiv, Ucrânia (Foto: 
REUTERS/Gleb Garanich)
Militar separa projéteis e armas de minas não detonadas, na cidade de Zolochiv, região de Kharkiv, Ucrânia (Foto: REUTERS/Gleb Garanich)

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Em apresentação no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (25), durante a Fides 2023, o ex-premiê britânico Tony Blair apontou as diferenças de visão sobre a guerra da Ucrânia que tem encontrado em suas palestras globais, em comparação ao sentimento sobre o conflito no próprio continente europeu.

“Entendo que, para muitos, por exemplo aqui no Brasil, a guerra parece algo distante. As pessoas pensam: ‘por que eu deveria escolher um lado, quero apenas que ela pare’. Mas, da perspectiva europeia, o Leste Europeu é vizinho da Rússia. Querem que isso se encerre, mas de um modo que não remunere a agressão, porque a Rússia começou essa guerra, nem incentive o atual líder russo ou os próximos a tentarem o mesmo novamente”, disse Blair.

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Ele afirmou ainda que esse desejo de deter o que enxergam como uma ameaça expansionista russa foi o que levou Finlândia e Suécia a mudarem suas posições históricas contra fazer parte de Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). “O medo genuíno de que, se essa agressão for bem-sucedida, elas serão as próximas, levou a Finlândia e a Suécia a quererem se unir à Otan.”

“É importante que as pessoas de outras partes do mundo entendam que, se este conflito lhes parece distante, com informações desencontradas, para as pessoas na Europa ele é muito real. Não acredito que nada mudará a postura do continente, nem a dos Estados Unidos, sobre isso. Espero que ele acabe, mas, para isso, é preciso que acabe de modo que a Europa tenha segurança sobre seu futuro.”