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A atriz e apresentadora Mariana Rios compartilhou com seus mais de 9 milhões de seguidores no último fim de semana ter tido a casa assaltada e seus bens levados por bandidos. Mariana publicou fotos dos itens nos seus stories do Instagram pedindo ajuda para tentar localizar as peças subtraÃdas: vários artigos de luxo como joias, sapatos e bolsas das marcas Chanel e Prada estimados em pelo menos R$ 285 mil, segundo noticiou o jornal O Globo.
Diante desse prejuÃzo, haveria algum seguro que poderia amenizar o impacto financeiro? O InfoMoney foi atrás de especialistas do mercado de seguros para responder essa pergunta e a resposta é sim.
âO seguro residencial seria um ótimo seguro para esse tipo de bem. O mercado, inclusive, oferta algumas modalidades especÃficas para imóveis de alto padrão, que cobre e dá amparo para joias, relógios e obras de arte, que são bens mais caros e de difÃcil reposição. Existe o seguro normal, residencial, que também tem amparo a roubo, inclusive de artigos de luxo, mas existem seguros que já são desenhados para alto padrão. As bolsas, os sapatos, estariam cobertos na cobertura normal de rouboâ, explica Magda Truvilhano, vice-presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais).
Segundo ela, se a intenção do consumidor ao contratar o seguro residencial for também proteger peças pessoais de valores mais altos, é importante fazer um contrato de valores assegurados que abarque todos esses bens contidos dentro de imóvel. âPorque quando a pessoa faz um seguro de imóvel, principalmente quando ela estabelece uma cobertura de roubo, é importante ela pensar em tudo que está passÃvel de ser roubado. E aà tem vários tipos de eventos, desde aquele que tem um roubo de 100% de tudo que está dentro de um imóvel, que é um pouco mais difÃcil até para operacionalizar isso, mas geralmente quando tem um roubo a gente sabe que acabam indo nos itens de maior valor. Então é importante dimensionar bem a importância segurada e as coberturas para que tenham esse amparoâ, continua Magda.
Mas atenção porque o seguro não cobre dinheiro. âSe você tem dentro de casa, é difÃcil dimensionar quanto que tinha e a comprovação. Ou seja, dinheiro de forma geral, moedas, elas não são indenizadas pelas seguradoras, é um risco excluÃdoâ, complementa a representante da FenSeg.
Outro seguro que não seria muito eficiente para itens de luxo, apesar do nome, é o chamado âBolsa Protegidaâ, que geralmente pode ser adquirido vinculado a um cartão de crédito e proporciona cobertura da bolsa e de seu conteúdo quando roubados juntos com o cartão protegido. Nesses casos, comenta Magda, geralmente os preços cobrados do consumidor pelo seguro são muito baixos, bem como o valor de indenização.
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A dica é fotografar todos esses itens antes para uma eventual necessidade de comprovação. âDificilmente a pessoa vai guardar nota fiscal de compra das bolsas, das roupas, etc. Então é útil tirar fotos para provar que tinha isso em casa num eventual questionamento da seguradora. Pega o jornal do dia e coloca do lado dos bens para tirar a foto e vai guardando isso na nuvem, amanhã ou depois, não tendo a nota fiscal dos bens, você pelo menos tem uma foto para comprovar que eles estavam na sua casa. Quanto mais fotos melhor, se puder mande um e-mail para o corretor e para seguradora para avisarâ, sugere Gustavo Cunha Mello, especialista em gerenciamento de riscos.
Segundo Mello, se não tiver essa âcomprovaçãoâ da existência dos itens e contratar uma cobertura de valor muito alto, pode gerar a suspeita de fraude. Outro alerta dado pelo especialista é que algumas seguradoras podem fazer algumas exigências para aceitar o risco â como a existência de cofre para guardar os itens de grande valor, por exemplo.
Se o morador da casa tiver obras de arte, explica Mello, geralmente tem que ser contratada uma cobertura à parte, um seguro especÃfico chamado âRD Riscos Diversosâ. âTem umas três ou quatro seguradoras que fazem e você precisa ter um laudo de um marchand [profissional que compra e/ou vende obras de arte] com nota fiscal de compra e tudo. Tem que comprovar que a obra é verdadeira, para ter a comprovação de que você comprou aquilo legalmente. Tendo essa documentação e fazendo o seguro, você vai ter cobertura para obra de arteâ, complementa o especialista.
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