Itaúsa (ITSA4) tem lucro recorrente de R$ 3,36 bi no quarto trimestre de 2022, queda anual de 18,7%; empresa aprova JCP

Controladora do Itaú Unibanco divulgou seus resultados trimestrais nesta noite de segunda-feira (20)

Felipe Moreira

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A holding Itaúsa (ITSA4) apresentou lucro líquido recorrente de R$ 3,36 bilhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), montante 18,7% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2021, informou a companhia nesta segunda-feira (20).

O lucro líquido totalizou R$ 3,324 bilhões no 4T22, uma redução de 19,3% em relação ao lucro apurado no mesmo período do ano anterior.

Em termos de rentabilidade, a empresa viu o retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) recorrente cair de 26% no 4T21 para 18,7% no 4T22, baixa de 7,3 pontos percentuais (p.p.).

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O resultado recorrente das empresas investidas somou R$ 2,974 bilhões no quarto trimestre deste ano, queda de 16% na comparação com igual etapa de 2021.

O resultado financeiro atingiu R$ 202 milhões negativos no 4T22, ante R$ 101 milhões negativos no 4T21.

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Os ativos totais somaram R$ 83,254 bilhões no quarto trimestre de 2022, um avanço de 11,6% sobre o quarto trimestre de 2021.

O patrimônio líquido atingiu R$ 72,797 bilhões no 4T22, alta de 10,5% na base anual.

Desempenho operacional das investidas

“O Itaú Unibanco apresentou crescimento expressivo da carteira de crédito, o que resultou em uma melhor margem com clientes, além de maiores spreads e melhora no mix de receitas, as quais foram parcialmente compensadas por menor margem com mercado, aumento da inadimplência e por maior despesa com perdas esperadas em operações de crédito”, afirmou a empresa.

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A Alpargatas (ALPA4,bens de consumo) foi mais uma vez impactada por pressões inflacionárias de custos e desaceleração da demanda, mitigados parcialmente pelo crescimento de receita líquida explicado, principalmente, pelo aumento da receita por par de Havaianas no Brasil, além do crescimento de volume de vendas dos mercados internacionais.

A Dexco (DXCO3)  também apresentou crescimento de receita líquida, como resultado da política comercial praticada e melhora de mix na Divisão Madeira, que mitigou parcialmente a queda na demanda e no volume de vendas de todos os segmentos, o aumento de custos de alguns insumos e despesas financeiras, frutos da pressão inflacionária e do desaquecimento no setor de construção civil com a alta dos juros.

A NTS (transporte de gás natural) apresentou crescimento das receitas e do lucro, principalmente em decorrência de implementação da estratégia comercial.

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Já a Copa Energia apresentou forte crescimento de Ebitda e lucro, em função, principalmente, da implementação de estratégia comercial e redução de custos, resultado da captura de sinergias com a incorporação da Liquigás pela Copa Energia, parcialmente impactado por maiores despesas financeiras, reflexo do aumento da taxa básica de juros.

A Aegea (saneamento), por sua vez, apresentou ganhos operacionais principalmente por maior receita de contraprestação das concessões, além da contribuição positiva das SPEs Águas do Rio 1 e 4.

Por fim, a CCR (CCRO3, infraestrutura e mobilidade) passou a ter seus resultados reconhecidos pela Itaúsa a partir de setembro de 2022 pelo método de equivalência patrimonial e, nos últimos meses do ano, seu lucro foi impactado por impairment parcial do ativo relativo à concessão da ViaOeste.

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Itaúsa aprova JCP

O Conselho de Administração da companhia declarou antecipadamente juros sobre o capital próprio no valor de R$ 0,0773 por ação, que serão imputados ao dividendo do exercício de 2023 e pagos até 31 de agosto deste ano, com base na posição acionária final da próxima quinta-feira (23).