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A inflação oficial no PaÃs, medida pelo Ãndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,93% em março de 2021 na comparação com fevereiro, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (9). Em fevereiro, o Ãndice tinha subido 0,86% na comparação mensal.
O Ãndice acumula variação de 2,05% no ano e de 6,10% nos últimos 12 meses. Os principais impactos vêm dos aumentos nos preços de combustÃveis (11,23%) e do gás de botijão (4,98%).
A previsão, de acordo com consenso Refinitiv, era de alta de 1,03% frente fevereiro de 2021 e de 6,20% na comparação com março de 2020.
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âForam aplicados sucessivos reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias entre fevereiro e março e isso acabou impactando os preços de venda para o consumidor final nas bombas. A gasolina nos postos teve alta de 11,26%, o etanol, de 12,59% e o óleo diesel, de 9,05%. O mesmo aconteceu com o gás, que teve dois reajustes nas refinarias nesse perÃodo, acumulando alta de 10,46%, e agora o consumidor percebe esse aumentoâ, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
A gasolina foi o item que contribuiu com o maior impacto no IPCA de março (0,60 ponto percentual). Sendo que São LuÃs (MA) teve a menor variação (6,32%), dentre as 16 localidades pesquisadas, no preço da gasolina ao consumidor. Já o Rio de Janeiro (RJ) foi onde os motoristas mais sentiram no bolso (14,45%) esse reajuste.
O Rio de Janeiro teve, inclusive, outros aumentos que impactaram a inflação de março. Um deles foi o das passagens de trem, que subiram 6,38% em 23 de fevereiro, resultando em uma alta de 3,57% no custo dos transportes na capital fluminense. E houve também reajustes de 4,66% e 4,50% nas concessionárias de energia, em 15 de março, e 3,50% no gás encanado, no dia 1º de fevereiro, contribuindo para uma alta de 0,77% nos custos de habitação do carioca.
No que diz respeito aos Ãndices regionais, todas as áreas pesquisadas apresentaram variação positiva. Sendo que o maior resultado ficou com o municÃpio de Goiânia (1,46%), onde pesaram as altas de 13,65% na gasolina e 18,43% no etanol. E o menor Ãndice foi observado na região metropolitana do Recife (0,62%), principalmente por conta das quedas na energia elétrica (-2,23%) e no tomate (-21,03%).
Uma boa notÃcia para o consumidor é que a inflação do grupo Alimentação e bebidas (0,13%) vem desacelerando. O preço continua subindo, mas sobe menos a cada mês. As variações anteriores foram de 1,74% em dezembro, 1,02% em janeiro e 0,27% em fevereiro.
âOs alimentos tiveram alta de 14,09% em 2020, mas, desde dezembro, apresentam uma tendência de desaceleração. Alguns fatores contribuem para isso, como uma maior estabilidade do câmbio e a redução na demanda por conta da suspensão do auxÃlio emergencial nos primeiros meses do anoâ, comenta Kislanov.
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Para quem só está comendo em casa, os preços caÃram de fato: a alimentação no domicÃlio teve queda de 0,17%, enquanto a alimentação fora do domicÃlio teve alta de 0,89%. Recuos nos preços do tomate (-14,12%), da batata-inglesa (-8,81%), do arroz (-2,13%) e do leite longa vida (-2,27%) baratearam as refeições em casa. Mas as carnes (0,85%) seguem em alta, embora a variação tenha sido inferior à de fevereiro (1,72%).
INPC
O Ãndice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), subiu 0,86%, resultado levemente acima do de fevereiro (0,82%) e também o maior Ãndice para um mês de março desde 2015, quando o INPC variou 1,51%. No ano, o indicador acumula alta de 1,96% e, em 12 meses, de 6,94%.
Nesse Ãndice, os produtos alimentÃcios subiram 0,07% em março, abaixo do resultado de 0,17% observado no mês anterior. Já os não alimentÃcios tiveram alta de 1,11%, enquanto, em fevereiro, haviam registrado 1,03%.
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(com Agência de NotÃcias do IBGE)
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