Galípolo: Brasil se comportou bem diante de conflitos geopolíticos e abertura dos juros dos EUA

Para Galípolo, o mercado de trabalho sofreu pouco com o processo de desinflação no Brasil.

Estadão Conteúdo

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, durante reunião (Foto: Washington Costa/Ascom/MF)
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, durante reunião (Foto: Washington Costa/Ascom/MF)

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O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira, 23, que Brasil e o real se comportaram bem durante abertura dos juros norte-americanos e a intensificação de conflitos geopolíticos.

“A maior parte dos economistas, inclusive eu, iriam prever um preço do petróleo mais elevado e um real menos valorizado. Mas a verdade é que o real se comportou bem e o petróleo teve variações modestas, mesmo com essa turbulência lá fora. Uma das explicações é o saldo comercial do Brasil, que colabora muito para fluxo de dólares para o País e defendeu a posição do real. A taxa de juros brasileira ainda é bastante atraente para investidores que estão analisando”, afirmou o diretor, em participação no webinário “Política Monetária no Brasil e no Mundo”, promovido pela Associação de Bancos do Estado do Rio de Janeiro (Aberj).

Para Galípolo, o mercado de trabalho sofreu pouco com o processo de desinflação no Brasil. “Uma desinflação que machuca menos é bom. Estamos dando remédio para o paciente com efeito colateral que não causa tanto mal”, avaliou.

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O diretor admitiu, entretanto, que o Brasil ainda tem o desafio de atrair mais investimentos das cadeias globais para a transição energética. “Pares do Brasil estão conseguindo atrair mais investimentos em produtividade, seja por questões geopolíticas ou de proximidade geográfica, como o México e a Índia. O Brasil precisa reforçar suas vantagens comparativas”, completou.