“Principal estrela” da temporada soltará balanço hoje – com expectativa de sair da má fase na bolsa

Em forte queda desde que a Amazon expandiu sua atuação no Brasil, Magazine Luiza deve soltar mais um balanço positivo

Lara Rizério

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(Divulgação)
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SÃO PAULO – Um dos maiores destaques da bolsa desde 2016, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) caminham para ter um mês de outubro bastante negativo, com queda de 16% no período. Uma boa parte da queda das ações pode ser atribuída ao “efeito Amazon”, em meio à confirmação de que a gigante americana de varejo aumentaria as suas operações no Brasil.

Desde os rumores de que a Amazon poderia entrar no Brasil, em 11 de outubro, passando por sua entrada efetiva no dia 18 e a avaliação de que a chegada mais forte da americana no Brasil não seria “tão forte” e ameaçadora assim (pelo menos não no primeiro momento), os papéis MGLU3 já caíram 21%. 

Porém, um evento marcado para acontecer na noite desta terça-feira (31) pode representar uma força em um mês bastante negativo para a empresa: a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2017. 

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Afinal, os últimos balanços divulgados pela companhia foram catalisadores bastante importante para as ações MGLU3. No segundo trimestre de 2017, por exemplo, a companhia atingiu o maior lucro da história, totalizando R$ 72 milhões (ou uma alta de quase 600%).

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E, se as estimativas de analistas forem confirmadas, o terceiro trimestre tem tudo para reservar mais dados positivos para a companhia. Conforme aponta o BTG Pactual, o Magazine Luiza é uma das principais estrelas da atual temporada de balanços. 

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“Nós esperamos que a companhia tenha mais um grande desempenho neste trimestre, impulsionada pelo expressivo crescimento de vendas nas mesmas lojas de 14% em termos físicos, enquanto o e-commerce deve crescer 50% apesar da desafiadora base de comparação anual”, avaliam os analistas o banco. 

A expectativa é de aumento na receita de 26%, passando de R$ 2,248 bilhões para R$ 2,826 bilhões. Enquanto isso, o lucro deve mais que triplicar na base de comparação anual, passando de R$ 25 milhões para R$ 83 milhões (ou alta de 230,2%). 

Além disso, apesar da crescente penetração do comércio eletrônico nas vendas totais (29% no terceiro trimestre de 2017 versus 25% no terceiro trimestre de 2016, os analistas esperam apenas um leve declínio na margem bruta do varejo (queda de 50 pontos-base, para 31%), enquanto o forte crescimento das vendas deve gerar uma alta da margem Ebitda (Ebitda/receita líquida) de até 50 pontos-base, para 8,5%. 

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“A execução superior da Magazine Luiza na construção de uma verdadeira operação omnichannel (multicanal) deve permitir que ela se beneficie do crescimento secular do e-commerce brasileiro esperado para nos próximos anos, enquanto os resultados a curto prazo devem ser impulsionados pela melhoria das condições macroeconômicas (custos de financiamento mais baixos combinados à recuperação da demanda por itens mais discricionários)”, avaliam os analistas do BTG.

Eles ainda complementam: “assim, como no segundo trimestre de 2017, o Magazine Luiza deve ser o principal destaque positivo em nosso universo de cobertura no terceiro trimestre, corroborando nossa visão positiva do case”.

Será que, após um outubro bastante complicado, o Magazine Luiza começará novembro com o pé direito? Se as expectativas dos analistas se confirmarem, tudo indica que sim. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.