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Levantamento realizado pelo Instituto Trata Brasil aponta que 36% da água tratada é desperdiçada nas cem maiores cidades do país atualmente. Os dados foram divulgados na edição da Folha de S. Paulo desta terça-feira (21). De acordo com a pesquisa, que estabelece parâmetros para elencar os municípios com os melhores índices de saneamento, o índice nacional está na casa dos 40%.
Os 20 municípios que figuram nas posições iniciais do ranking têm, em média, 99% da população com acesso a água potável; 98% contam com serviços de coleta de esgoto e 80% realizam tratamento dos dejetos. As cidades de São José do Rio Preto (SP), Santos (SP) e Uberlândia (MG) lideram nesses quesitos.
No final da lista, os dez municípios que concentram os piores índices perdem até 77% de água produzida. A coleta de esgoto abrange menos de um terço da população e o tratamento chega a apenas 18%. Porto Velho (RO), Marabá (PA) e Macapá (AP) apresentam essas condições aos moradores atualmente e têm o desafio de garantir a universalização dos serviços nos próximos anos, de acordo com o Trata Brasil.
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A diferença na cobertura dos serviços passa fundamentalmente pelo volume de recursos aplicados. Enquanto os primeiros colocados da lista investem, em média, R$ 166,52 por habitante, na outra ponta do ranking o gasto médio é de R$ 55,46. Os dados apresentados pelo Trata Brasil levam em consideração informações do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, disponibilizado pelo governo federal.
Essa é a primeira edição do ranking a partir de dados reunidos após a aprovação do Marco Legal do Saneamento, em 2020. Entre outros pontos, a lei obriga os municípios a elaboraram planos próprios de saneamento básico e estabelece um prazo até agosto de 2024 para o fim dos lixões no país.