Publicidade
O Senado aprovou nesta quinta-feira (10), por 68 votos a favor e 1 contra, e uma abstenção, o texto-base do projeto que determina que os estados e o Distrito Federal adotem uma alÃquota única de ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias) sobre cada combustÃvel.
Os senadores rejeitaram os destaques, que são possÃveis alterações no conteúdo da proposta. O texto agora segue para a avaliação da Câmara dos Deputados.
Além da alÃquota única em todo paÃs, o PLP (projeto de lei complementar) 11/2020 determina também que a cobrança do imposto seja de um valor fixo sobre o litro de cada combustÃvel. Hoje, a alÃquota é um percentual sobre o preço.
Continua depois da publicidade
Mais cedo, o Senado já havia aprovado, por 61 votos a favor e 8 contra, o PL (projeto de lei) 1.472/2021, que cria um fundo de estabilização dos preços de combustÃveis â chamado de CEP.
A proposta também estabelece a ampliação do auxÃlio-gás para 11 milhões de famÃlias e cria um auxÃlio-gasolina entre R$ 100 e R$ 300 para taxistas, mototaxistas e motoristas de aplicativos com renda de até 3 salários mÃnimos.
Os dois projetos foram aprovados em meio à disparada das cotações da commodity no mercado internacional, pressionadas pela guerra na Ucrânia. A escalada fez com que a Petrobras anunciasse nesta quinta-feira um novo aumento nos preços da gasolina e do diesel.
O que muda?
O PLP 11/2020 estabelece a “monofasia”, que prevê uma cobrança única do ICMS, um tributo estadual. Hoje, o ICMS incide mais de uma vez ao longo da cadeia de produção dos combustÃveis, tornando maior o preço final ao consumidor.
O ICMS único valerá para gasolina e etanol; diesel e biodiesel; gás liquefeito do petróleo (GLP) e o derivado do gás natural; e para o querosene de aviação.
Haverá mecanismos de compensação entre estados relativos à s receitas geradas com as operações. Nas operações com os combustÃveis derivados de petróleo, por exemplo, o imposto caberá ao estado onde ocorrer o consumo.
Continua depois da publicidade
Já em outros casos os recursos arrecadados serão repartidos entre os estados de origem e de destino de cada produto.
Como mencionado acima, as alÃquotas serão uniformes em todo o território nacional, sendo diferentes para cada tipo de combustÃvel. E a cobrança passa a ser um valor fixo sobre o litro de cada produto.
Além disso, as alÃquotas poderão ser reduzidas e restabelecidas no mesmo ano e, entre a primeira fixação das alÃquotas e o primeiro reajuste, deverá ser respeitado um prazo de pelo menos 12 meses. Nos reajustes seguintes, o prazo será de pelo menos seis meses.
Continua depois da publicidade
O texto estabelece ainda que os estados deverão observar as estimativas de evolução do preço dos combustÃveis para que não haja “ampliação do peso proporcional do tributo na formação do preço final ao consumidor”.
No caso do diesel e do biodiesel, enquanto as alÃquotas únicas do ICMS não forem definidas, a cobrança do imposto será feita através da média do preço cobrado ao consumidor nos últimos cinco anos. Essa regra vale até 31 de dezembro de 2022.
Ficam zeradas as alÃquotas de PIS/Pasep e Cofins sobre a produção ou importação de diesel, biodiesel, gás liquefeito de petróleo e querosene de aviação até o fim de 2022.
Continua depois da publicidade
Em razão dessa renúncia de receita, o projeto dispensa medidas de compensação por meio de aumento de outras receitas ou corte de despesas, conforme exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00) e pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022 (Lei 14.194/21).
Oportunidade de compra? Estrategista da XP revela 6 ações baratas para comprar hoje. Assista aqui.