Lula tem 40,6% de avaliações positivas e aprovação de 54,9% dos eleitores, diz pesquisa CNT/MDA

Segundo levantamento divulgado nesta terça, 27,2% avaliam negativamente a gestão do líder petista

Luís Filipe Pereira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversa com jornalistas no Palácio do Itamaraty (Joédson Alves/Agência Brasil)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversa com jornalistas no Palácio do Itamaraty (Joédson Alves/Agência Brasil)

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Nove meses após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumir o Palácio do Planalto para seu terceiro mandato depois de um intervalo de 13 anos, pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira (3) aponta que a avaliação positiva do governo entre os eleitores é de 40,6%. Por outro lado, 27,2% avaliam negativamente a gestão do líder petista.

A pesquisa ocorreu entre 27 de setembro e 1º de outubro. No comparativo com o levantamento anterior, realizado em maio, as respostas sobre a avaliação do governo oscilaram dentro da margem de erro, que é de 2,2 pontos percentuais. Na pesquisa anterior, aproximadamente 43% dos entrevistados consideravam a gestão de Lula como ‘ótima’ ou ‘boa’. As avaliações negativas – que consistem nas respostas ‘ruim’ ou ‘péssimo’ – somavam 25%; regulares estavam na casa dos 28%, e oscilaram para 30%.

Já a aprovação do presidente sofreu oscilação de 57% para 54,9%, enquanto o percentual dos que desaprovam o desempenho de Lula à frente da presidência, que era de 34%, subiu para 39%. Outros 6% preferiram não responder.

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Os melhores índices de aprovação seguem refletindo o bom desempenho do petista junto a setores específicos da sociedade nas eleições presidenciais do ano passado, como as mulheres (58%), moradores da região Nordeste (68%) e pessoas que tem renda menor que dois salários mínimos (63%).

Por outro lado, a desaprovação de Lula é mais latente entre os que ganham mais de cinco salários (53%) e evangélicos (53%), onde esteve a base mais sólida de votos de Jair Bolsonaro (PL), então presidente candidato à reeleição no pleito de 2022.

A pesquisa também trouxe números sobre as expectativas da população para o futuro em áreas específicas, como emprego, renda, educação, saúde e segurança.

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Para 42,9%, a situação da empregabilidade no país irá melhorar nos próximos meses, o que indica uma oscilação de 2 pontos percentuais em comparação com o levantamento anterior (41%). Já o número de pessoas que acham que a situação emprego vai piorar subiu de 21% para 24%. Nesta semana, o IBGE divulgou dados apontando que a taxa de desemprego caiu para 8% no segundo trimestre deste ano, e chegou ao menor patamar em nove anos.

Dentro das expectativas sobre a renda mensal, a maioria dos entrevistados (49,6%) considera que ela permanecerá igual nos próximos meses. Em seguida, 37% disseram acreditar que ela vai aumentar e outros 11,6% creem que os rendimentos devem diminuir. Lembrando que uma das bandeiras do governo é a política de valorização do salário mínimo, atualmente em R$ 1.320.

As perspectivas para a educação pioraram, no comparativo com a pesquisa realizada em maio: os que acham que ela vai melhorar caíram de 43% para 39%, e os que veem um cenário pior saltaram de 19% para 23%. Para 37%, a situação seguirá a mesma.

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Na saúde, a proporção de entrevistados otimistas caiu de 41% para 35,8%, enquanto os que acreditam que haverá piora cresceram de 18% para 24%. Para 38%, não haverá mudança, mesmo índice registrado no levantamento realizado em maio.

Também há uma piora na avaliação futura sobre a situação da segurança no país nos próximos seis meses: 32% acham que o cenário se agravará, em um aumento de 6 pontos percentuais na comparação com a pesquisa anterior. E os que acreditam que a situação vai melhorar tiveram declínio: de 34% para 29%. O grupo dos que não acham que haverá mudança se manteve estável. Eram 38% e oscilaram para 37% no levantamento atual.

A pesquisa CNT/MDA seguiu metodologia que contemplou 2.002 entrevistas presenciais em todo o país, seguindo critérios de proporcionalidade do eleitorado. O nível de confiança do levantamento é de 95%. Isso significa que se a pesquisa tivesse sido feita mais de uma vez sob as mesmas condições e datas, esta seria a chance de os resultados se repetirem dentro do limite da margem de erro apontada.