XP lança primeiro ETF de fundos imobiliários do Brasil; cota inicial será de R$ 10

Produto vai replicar o desempenho da carteira teórica do Ifix e terá taxa de administração de 0,30% ao ano

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – A XP Investimentos lança nesta segunda-feira (30) o primeiro ETF (fundo de índice) de fundos imobiliários do Brasil.

Denominado Trend ETF Ifix e negociado sob o código “XFIX11”, o produto irá replicar o desempenho do Ifix, índice que acompanha a trajetória dos principais FIIs negociados na B3. Com taxa de administração de 0,30% ao ano, o preço inicial da cota será de R$ 10, com lote mínimo de uma unidade.

“Recebemos muitas perguntas de clientes sobre como acessar a indústria de forma segura. E a diversificação dentro do índice traz segurança para o investidor, que muitas vezes também não tinha o tíquete mínimo necessário”, diz Leon Goldberg, chefe de relacionamento institucional com gestoras da XP.

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Com relação ao pagamento de dividendos, eles serão automaticamente reinvestidos no ETF. Não há o benefício de isenção tributária como ocorre com a distribuição de dividendos feita diretamente para pessoas físicas, caso determinadas regras sejam atendidas.

Nesses casos, é preciso que as cotas sejam negociadas em bolsa ou em mercado de balcão organizado; que o fundo tenha, no mínimo, 50 cotistas; e que nenhum cotista detenha 10% ou mais do total de cotas, nem receba rendimento superior a 10% do total de rendimentos do FII.

O investidor do ETF pagará, portanto, alíquota de 20% no momento de venda, sobre o ganho de capital.

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Danilo Gabriel, gestor da estratégia, defende que o reinvestimento dos dividendos no fundo é positivo para o crescimento do patrimônio dos investidores e que, no longo prazo, compensa a falta do benefício tributário sobre os dividendos.

Diversificação

Atualmente, o Ifix é composto por 81 fundos imobiliários, com a maior parte (28%) do segmento de recebíveis imobiliários. Na sequência, aparecem os fundos de lajes corporativas, com uma fatia da ordem de 20%.

Segundo dados da B3, os cinco fundos com maior peso no índice, em 27 de novembro, eram Kinea Renda Imobiliária (KNRI11), com 5,2%, Kinea Índice de Preços (KNIP11), com 4,5%, Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11), com 4,2%, CSHG Logística (HGLG11), com 3,75%, e XP Log (XPLG11), com participação de 3,2%.

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Gabriel destaca que, com apenas uma cota do ETF, o investidor consegue ter acesso a mais de cinco mil imóveis, por meio dos FIIs que compõem a carteira teórica do índice – rebalanceada a cada quatro meses.

“Os dez maiores fundos do Ifix representam apenas 35% do fundo. É um produto completo, bem diversificado e permite a exposição ao mercado imobiliário brasileiro com um único ativo”, afirma.

Segundo Gabriel, a demora na chegada de um ETF para a classe é justificada por uma constituição do Ifix que não era 100% replicável, uma vez que o portfólio possuía muitos ativos ilíquidos na carteira, com um total de FIIs que superava os cem fundos.

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O lançamento do “Trend ETF Ifix” ocorre em meio ao crescimento do mercado de fundos imobiliários em um ambiente de juros baixos, que têm levado os investidores brasileiros a buscarem opções mais rentáveis na renda variável.

Com um mercado de R$ 119 bilhões, a classe tinha, até outubro, 1,1 milhão de investidores – um aumento da ordem de 72% no ano.

A partir desta segunda-feira, o mercado terá ainda a liberação do aluguel de cotas de fundos imobiliários, que, segundo a XP, deve contribuir para o aumento da liquidez do mercado.

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No ano, o Ifix acumula perdas de 12,1% até sexta-feira (27). Em 12 meses, o desempenho também é negativo, em 2,3%.

Indústria de ETFs no Brasil

Há 16 anos no Brasil, o mercado de ETFs ainda representa uma pequena parcela da carteira dos brasileiros.

Segundo Goldberg, o motivo é a falta de conhecimento e de familiaridade com o operacional de compra dos ETFs. “Vemos muito potencial, porque ainda é um produto pouco explorado, com poucos players no país”, diz. (Saiba mais sobre como investir em ETFs aqui.)

De acordo com a B3, os ETFs no Brasil respondem por um mercado de R$ 32,9 bilhões, com um total de 25 produtos.

Segundo levantamento da XP com base em dados da Anbima, desde 2010, enquanto a indústria local de fundos cresceu a uma taxa média anual próxima de 7,7%, a de ETFs disparou 25%.

“Vemos os mesmos índices sendo replicados [na indústria] e espaço para a democratização. Queremos introduzir os ETFs na carteira dos brasileiros, com tíquete muito acessível, de forma a ganharem a atratividade que merece”, diz Fabiano Cintra, especialista de fundos de investimento da XP.

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