Worldcoin: criptomoeda polêmica do criador do ChatGPT dispara 110% em 1º dia de negociação

Principal nome por trás da OpenAI e do ChatGPT quer trocar informações do globo ocular por criptomoedas

Lucas Gabriel Marins

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A Worldcoin, criptomoeda polêmica criada por Sam Altman, principal nome por trás da OpenAI e do ChatGPT, disparou 110% nesta segunda-feira (24), dia em que foi liberada para negociação em exchanges de criptomoedas.

O ativo digital pulou de US$ 1,70 (seu preço inicial) na madrugada de hoje para US$ 3,58 por volta da 6h, segundo o agregador CoinMarketCap. O token registrou um leve recuo ao longo da manhã e era negociado a US$ 2,60 no momento da publicação deste texto.

A Worldcoin vem sendo desenvolvida desde 2019, segundo comunicado no site do projeto. Em resumo, o objetivo da plataforma cripto é funcionar no longo prazo como uma espécie de renda básica universal, em que cada pessoa no mundo teria direito aos ativos digitais.

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Para alcançar tal meta, no entanto, a Worldcoin quer algo inusitado em troca: as informações da íris do olho, a parte que dá cor ao órgão da visão. Para isso, pretende instalar máquinas com um pequeno dispositivo chamado “orb” que escaneia os globos oculares das pessoas a fim de gerar uma identidade digital única.

“Tem muita coisa que a gente não sabe ainda, mas acho que precisamos estar desconfiados, porque estamos indo por um caminho de perda de privacidade em larga escala, e aqui temos mais um caso em que você pode tornar esse problema ainda maior, pois você está entregando um ‘pedaço’ seu para uma empresa privada que está querendo fazer alguma coisa que você ainda não sabe o que é”, disse Jorge Souto, co-gestor do fundo TC Digital Assets, em maio, para o programa Cripto+, do InfoMoney.

Pesos-pesados do mercado financeiro podem estar apoiando a ideia excêntrica. Em maio, o jornal Financial Times publicou que Altman estava tentando levantar US$ 100 milhões com os fundos de venture capital Khosla Ventures e Adreessen Horowitz, entre outros, para financiar uma distribuição gratuita da moeda digital.

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Cerca de US$ 304 milhões em tokens foram negociados nesta segunda. O suprimento inicial do ativo digital é limitado a 10 bilhões, de acordo com o white paper (guia) do projeto. O Bitcoin (BTC), para efeito de comparação, tem oferta máxima de 21 milhões, sendo que 19,4 milhões de unidades já foram mineradas.

(Com informações da Bloomberg)

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Lucas Gabriel Marins

Jornalista colaborador do InfoMoney