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SÃO PAULO – Depois de mais de dois meses de espera desde que as mudanças nas regras foram anunciadas, qualquer investidor brasileiro poderá investir em BDRs a partir desta quinta-feira (22).
Com negociação até então restrita a investidores qualificados, com ao menos R$ 1 milhão em aplicações financeiras, os certificados negociados na B3 que representem ações de empresas estrangeiras ou ETFs negociados em um “mercado reconhecido” estarão disponíveis de forma ampla, conforme comunicado divulgado pela B3.
As alterações nas regras foram anunciadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em agosto e entraram em vigor em 1º de setembro, mas ainda dependiam da definição dos chamados “mercados reconhecidos” pela B3, com aprovação final da CVM, para de fato serem implementadas.
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Além da flexibilização em relação ao perfil de investidor, o regulamento tornou possível aos brasileiros investirem em BDRs de empresas com a maior parte do seu negócio no Brasil que optaram por abrir capital fora do país, casos de companhias como Stone, XP, PagSeguro, Afya e Arco Educação.
De acordo com a Bolsa, a liberação dos BDRs para pessoas físicas possibilita a realização de operações de empréstimo de ativos com BDRs de ações e o uso do produto em garantia na B3, “viabilizando maior flexibilidade na realização de operações em outros segmentos”.
Novos BDRs
Existem hoje 671 alternativas de BDRs na Bolsa brasileira. Ao longo de outubro, foram anunciados cerca de 120 novos programas, com destaque para os de empresas não americanas.
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BHP, Ryanair, Weibo, AstraZeneca, Novartis, Unilever, Credit Suisse, HSBC, Royal Dutch Shell e Mitsubishi UFJ Financial Group estão entre os principais nomes anunciados na nova leva de BDRs pela B3.
O tamanho do lote padrão de negociação dos BDRs no mercado secundário foi reduzido em setembro para apenas uma unidade. Confira a lista completa de BDRs disponíveis para negociação aqui.
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• BDRs: para que servem e como investir nos recibos de ações estrangeiras
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Com relação aos BDRs lastreados em fundos de índices, a BlackRock já informou que pretende ofertar aproximadamente 100 novos ETFs no mercado brasileiro por meio de BDRs até o fim do primeiro trimestre de 2021. Todos serão referenciados em índices internacionais.
O próximo passo da B3 será iniciar as discussões e preparar o regulamento para permitir a negociação de BDRs de dívidas offshore, tanto de emissores estrangeiros quanto nacionais.
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