Assembleia de fundo da Vanquish é adiada novamente após suspensão e bate-boca

Nova prorrogação constitui indícios de manobra em protelar o ato e permitir que os cotistas deliberem, para advogado que representa um grupo de cotistas

Bruna Furlani

(Getty Images)
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O desfecho para os cotistas dos fundos da Vanquish Asset Management, que antes estavam sob a gestão da Infinity Asset Management, parece ainda distante. Em fato relevante divulgado na tarde desta quinta-feira (15), a RJI Corretora, administradora do fundo Vanquish Pipa, decidiu adiar mais uma vez a assembleia com os investidores.

A nova convocação ficou marcada para o dia 30 de junho, às 9h – o prazo final para que os cotistas enviem seus votos será 23h59 do mesmo dia. Anteriormente, a previsão era de que a assembleia ocorresse nesta sexta-feira (16).

Segundo a RJI, o adiamento ocorre porque nem todos os cotistas conseguiram ter acesso às informações solicitadas em assembleia geral de cotistas, realizada no último dia 7.

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Na ocasião, vários investidores reclamaram que tiveram os microfones silenciados e que foram impedidos de manifestar opinião. Investidores também alegaram que nem todos conseguiram participar da reunião depois que o número de pessoas acompanhando a assembleia atingiu mais de 500.

O Pipa foi fechado em 17 de maio deste ano após a contraparte reconhecida como ICP Ventures não ter honrado os pagamentos na data de vencimento das opções IDIs flexíveis montadas pela gestora anterior. Hoje, o produto é o que possui maior número de cotistas, pouco mais de 5 mil.

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Na avaliação de Walter Xavier da Cunha Filho, advogado que representa um grupo de 14 investidores da Infinity Asset na Justiça, a conduta adotada pela administradora e pela gestora na assembleia devem ser acompanhadas ainda mais de perto pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Isso porque, após o fechamento de um fundo por mais de cinco dias, a Instrução Normativa CVM 555/2014 prevê que seja convocada uma assembleia em até 15 dias corridos. Tempo que já teria sido ultrapassado.

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“A prorrogação da assembleia constitui indício de manobra em protelar o ato e permitir que os cotistas deliberem sobre a pauta”, argumenta Filho.

Já a CVM disse que acompanha o caso, mas que não comenta situações específicas. Na próxima terça-feira (20), a autarquia se reunirá para julgar um processo sancionador de 2018 que mostra que operações com opções flexíveis sem garantia também eram usadas por fundos da Infinity entre 2014 e 2016.

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