Motoristas de app sonham com auxílio de R$ 1 mil, mas realidade está mais próxima de pacote de R$ 200; entenda

Esse auxílio-combustível aumentaria ainda mais o custo da PEC Kamikaze, já cotada em R$ 41,25 bi, para cerca de R$ 50 bi

Estadão Conteúdo

Abastecendo o carro
Abastecendo o carro

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O presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp), Eduardo Lima, afirmou que a categoria pleiteia junto a deputados a extensão do auxílio-taxista de R$ 200 previstos na “PEC Kamikaze” também aos motoristas de aplicativo.

“Equiparar o valor do benefício aos caminhoneiros [R$ 1 mil] seria o ideal para a classe; mas sabemos que seria impossível no momento, devido à economia fragilizada que temos hoje”, afirma.

“Sendo assim, nosso trabalho se resume a incluir nossos motoristas no valor dos taxistas, para que tenhamos êxito na investida junto a essa emenda.”

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Segundo Lima, a associação está em contato com o deputado Baleia Rossi (SP), presidente do MDB, para apresentar suas demandas.

Nesta segunda-feira (4), em entrevista ao Estadão, o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), relator da PEC na Câmara, afirmou que pode incluir a motoristas de aplicativos no pacote de benefícios.

Isso aumentaria ainda mais o custo da PEC, já cotada em R$ 41,25 bilhões. Segundo o relator, que também prevê a retirada do estado de emergência do texto, com a inclusão de novos benefícios, o custo da PEC pode chegar a R$ 50 bilhões.

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Cadastro

Um dos desafios da inclusão de motoristas de aplicativo no auxílio-combustível é o cadastro – já que, diferentemente dos taxistas, os trabalhadores não são credenciados por órgãos públicos.

O presidente da Amasp sugere que o cadastro dos beneficiados seja trabalhado em conjunto com as empresas, estipulando um período mínimo de seis meses de trabalho.

“Isso para configurar que o motorista esteja ativo no serviço e não ocorra nenhum tipo de cadastro fraudulento”, diz Lima.

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A Amasp tem hoje cerca de 35 mil associados. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, ao final de 2021, 945 mil brasileiros trabalhavam como motoristas de aplicativo e taxistas.

Procuradas pela reportagem do Estadão, a Associação dos Motoristas de Aplicativos (AMA) e a Uber não se manifestaram.

Sem responder especificamente sobre o auxílio-combustível, a 99 afirmou em nota que a empresa “está atenta ao impacto negativo que os constantes reajustes de combustíveis têm causado às atividades no transporte individual por aplicativos” e que implementou o “Adicional Variável de Combustível”, um auxílio de R$ 0,10 por quilômetro rodado para cada R$ 1 de aumento no preço dos combustíveis.