“É perigoso assumir que ômicron será última variante, e pandemia está no final”, afirma chefe da OMS

"Pelo contrário, globalmente as condições são ideais para que surjam mais variantes", alerta Tedros Adhanom Ghebreyesus

Reuters

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus (Christopher Black/OMS/Divulgação via REUTERS)
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus (Christopher Black/OMS/Divulgação via REUTERS)

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O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, nesta segunda-feira (24), que é perigoso assumir que a altamente transmissível variante ômicron anuncia o fim da fase mais aguda da Covid-19, e pediu aos países que mantenham foco para vencer a pandemia.

“É perigoso assumir que a ômicron será a última variante e que estamos no final (da pandemia)”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus na reunião do Conselho Executivo da OMS sobre a pandemia que já dura dois anos e matou quase 6 milhões de pessoas em todo o mundo.

“Pelo contrário, globalmente as condições são ideais para que surjam mais variantes.”

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Embora a ômicron tenha elevado o total de casos para quase 350 milhões, seu impacto menos letal e a crescente prevalência de vacinas levaram em algumas partes ao otimismo de que o pior da pandemia pode ter passado.

Tedros, o primeiro chefe africano da OMS que concorre sem oposição a um segundo mandato, pediu disciplina e unidade no combate ao coronavírus.

“A pandemia de Covid-19 está entrando em seu terceiro ano e estamos em um momento crítico”, disse ele em coletiva de imprensa mais cedo. “Devemos trabalhar juntos para encerrar a fase aguda desta pandemia. Não podemos deixar que ela continue se arrastando, oscilando entre o pânico e a negligência.”

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Os países devem maximizar as estratégias e ferramentas já disponíveis, como testes e vacinas, para que a emergência sanitária global termine neste ano, acrescentou.