É criminoso difundir mentiras sobre fim da pandemia, diz presidente da Anvisa

Barra Torres disse que gostaria de saber se os disseminadores de fake news noticiarão o aumento de 70% de internações de crianças por Covid-19

Reuters

Pessoas viajam em metrô lotado em Brasília em 27 de maio de 2021, após o arrefecimento da onda causada pela variante Gama. (Foto de Gustavo Minas/Getty Images)
Pessoas viajam em metrô lotado em Brasília em 27 de maio de 2021, após o arrefecimento da onda causada pela variante Gama. (Foto de Gustavo Minas/Getty Images)

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O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância de Saúde (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou nesta quinta-feira (20) que é “criminoso difundir mentiras” ao se referir a comentários falsos de que a pandemia de Covid-19 estaria acabando e que a variante ômicron poderia representar o fim da crise sanitária.

“Os números não mostram isso, é criminoso buscar difundir mentiras”, disse ele, no início da reunião da diretoria colegiada da Anvisa que vai decidir se aprova o uso da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos.

Embora Barra Torres não tenha citado nominalmente ninguém, nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro (PL), tem feito considerações nessa linha citada pelo dirigente da Anvisa.

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Barra Torres afirmou ainda que gostaria de saber se as pessoas disseminadoras de fake news vão noticiar sobre o aumento de 70% de internação de crianças por Covid que tem sido registrado nos últimos dias.

Barra Torres e Bolsonaro travaram embates recentemente em razão da vacinação de crianças contra Covid-19 e o dirigente da agência reguladora divulgou nota pedindo que o presidente o denunciasse ou se retratasse de insinuações que fez ao questionar quais interesses estariam por trás da decisão da Anvisa de autorizar a vacinação infantil com a vacina da Pfizer.