Cronograma para implantar o Drex no Brasil está atrasado e será revisto, diz coordenador do BC

Conexão das instituições e empresas participantes do piloto à rede da moeda digital tem sido mais lenta do que o esperado

Estadão Conteúdo

(BCB)
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O coordenador do projeto do Drex no Banco Central, Fabio Araujo, admitiu nesta segunda-feira (21) que o cronograma de desenvolvimento do Drex, futura moeda digital do BC, está atrasado e será revisto.

Segundo Araujo, inicialmente estava previsto que a primeira fase do piloto do Real Digital terminaria entre fevereiro e março de 2024, mas agora deve ser finalizada em maio.

O BC, contudo, ainda mantém a expectativa de fazer testes com a população na virada de 2024 para 2025 – final do mandato do atual presidente Roberto Campos Neto – grande entusiasta da iniciativa.

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Araujo explicou que a conexão das instituições e empresas participantes do piloto à rede do Drex tem sido mais lenta do que o esperado. Ele citou que recentemente havia oito consórcios conectados, de 16 no total. Os consórcios são formados por instituições financeiras, empresas de tecnologia, plataformas de criptoativos, entre outros.

“A previsão de que todos estivessem dentro no mês de agosto. [Mas], infelizmente, não será possível”, reconheceu o chefe do Escritório de Segurança Cibernética e Inovação Tecnológica do Banco Central, Aristides Cavalcante, na live semanal da autarquia, que nesta segunda tirou dúvidas do público sobre o Drex.

Ele completou que há desafios para conexão dos participantes, como a ampliação da infraestrutura tecnológica. O coordenador do Drex ainda disse que há também um grande debate sobre a escolha da tecnologia de proteção de privacidade.

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Segundo ele, há conversas do BC com grandes provedores, mas as soluções apresentadas até aqui ainda não estão adequadas para o nível de segurança que o BC precisa, com base na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). “É importante rever um pouco o cronograma.”

Cavalcante reforçou que o principal objetivo da fase inicial do piloto do Real Digital é vencer o desafio de privacidade. “Esse é o principal objetivo: fazer transações seguras e aderentes ao estilo do sistema financeiro. A partir do momento em que a gente consiga superar esse desafio, a gente vai conseguir viabilizar um prazo sobre os primeiros casos de uso que estarão acessíveis à população”, disse o técnico do BC.

Ele lembrou que, como o Open Finance, a moeda digital vai permitir que instituições autorizadas criem novos produtos e serviços para o cliente a partir da rede da CBDC (sigla para Moeda Digital emitida pelo Banco Central). Já Fabio Araujo, afirmou que a moeda digital vai ajudar na prevenção à lavagem de dinheiro e outros crimes no sistema financeiro.