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UGPA3: Confira a análise das ações da Ultrapar após engatar valorização de 35% em 2023

Análise técnica aponta que ações vinham em processo de lateralização, mas reverteram tendência para alta

Rodrigo Petry

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As ações da Ultrapar (UGPA3) acumulam valorização de aproximadamente 35% em 2023 e, em maio, já avançam 17%, na esteira da divulgação dos resultados do 1º trimestre. Nesta quinta-feira (11), por volta das 13h50, as ações subiam 1,93%, cotadas a R$ 16,89.

A empresa teve uma queda do lucro na comparação anual, de janeiro a março, mas o número veio acima do consenso. Com um desempenho superior às estimativas, em todas as empresas do grupo, a ação subiu 11% no dia seguinte ao balanço.

Essa disparada ajudou a modificar as estimativas para os papéis, que vinham há um tempo em um movimento de lateralização. Confira, agora, a análise técnica do ativo e o que esperar das ações da Ultrapar (UGPA3).

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Análise técnica: UGPA3

Para Pam Semezzato, analista técnica da Clear, no curtíssimo prazo, as ações da Ultrapar “parecem estar esticadas para compra”, sendo que na terça-feira (9) deixaram um “candle indicando topo para uma correção”.

“Enquanto (a ação) estiver trabalhando acima do último topo rompido, em R$ 15,00, considero que a tendência de alta do curtíssimo prazo continua válida. E o melhor momento para novas compras será depois de um fundo ser formado acima do anterior”, destacou.

Fonte: ProfitChart. Elaboração: Pam Semezzato, até 10/5

Pam ressalta que as ações vinham com uma tendência de baixa, após um movimento de lateralização, que se iniciou em setembro de 2021, mas conseguiram romper esse topo na semana passada. Isso, segundo ela, indica [conforme gráfico abaixo] uma reversão da tendência para alta.

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Fonte: ProfitChart. Elaboração: Pam Semezzato, até 10/5

Na avaliação de Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos, no curto prazo, UGPA3 segue com pivô de alta em andamento [veja gráfico abaixo], entretanto o movimento recente já aciona a possibilidade de “stop móvel”, com atenções especiais ao gap* e o sinal de sobrecompra no IFR (índice de força relativa).

*Gap é um espaço sem negociação de preços, em que o ativo dispara ou desaba no gráfico diário (abaixo se observa no círculo em rosa).

Fonte: Broadcast. Elaboração: Régis Chinchila, até 10/5

Olhando para o médio prazo, aponta Chinchila, as ações da Ultrapar, pelo gráfico diário [abaixo], confirmaram “o rompimento do retângulo e início de uma tendência de alta.”

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Fonte: Broadcast. Elaboração: Régis Chinchila, até 10/5

Enquanto isso, para Alexandre Milen, analista e CEO da Harami, no curto prazo, a tendência do ativo é de alta. “Isto se comprova pelas médias móveis exponenciais cruzadas para compra, com o indicador ADX (que mede a força da tendência) aumentando e confirmando o movimento”, disse.

Ele aponta ainda o estreitamento das bandas de Bollinger no gráfico diário [veja abaixo], “com os preços caminhando na banda superior e, principalmente, com a existência de um forte gap com a confirmação de aumento de volume (marcado no retângulo do gráfico abaixo).”

Elaboração: Alexandre Milen, até 10/5

Avaliando o médio prazo, Milen também entende que o ativo esteja em tendência de alta. Isso acontece, acrescenta ele, pelo fato do rompimento de uma LTB (linha de tendência de baixa), assim como o cruzamento recente de médias móveis exponenciais.”

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Elaboração: Alexandre Milen, até 10/5

Ultrapar: Em consolidação

Para Enrico Cozzolino, chefe de análise da Levante, entre os anos de 2021 e 2022, a Ultrapar configurou uma consolidação de preços digna dos livros de analise técnica [veja gráfico abaixo].

Isso aconteceu, observa o analista, pela assimetria de movimento, o “zig e zag”, que respeitou uma faixa estreita de preços, com muita precisão. “Devido a volatilidade, em alguns ativos, isso não é respeitado de forma tão precisa”, diz.

Fonte: ProfitChart. Elaboração: Enrico Cozzolino, até 10/5

No curto prazo, conforme Cozzolino, a ação fez o rompimento, com um gap de fuga, caracterizando rompimento dessa consolidação “digna de livros de análise técnica”, abrindo possibilidade de definição de uma tendência.

Em suma, para a Levante, em uma cenário otimista, a formação de topos e fundos ascendentes tiraria a Ultrapar de um processo de consolidação, colocando o ativo em uma tendência de alta.

Ao contrário, em um cenário pessimista, a ação teria tido um “falso rompimento”, retornando, em seguida, “para antiga faixa de consolidação”.

Para a Levante, os pontos de suporte são R$ 14,70 (1) e R$ 13,60 (2), enquanto as resistências estão em R$ 18,00 (1) e R$ 20,30 (2).

UGPA3: Longo prazo

Analisando o longo prazo, Pam, da Clear, aponta que há uma tendência de alta, ao passo que no médio prazo se observa uma formação de lateralização.

Isso segue, entende ela, enquanto o ativo não romper o fundo de 2020, dos R$ 9,80, “que confirmaria uma tendência de baixa, já que traçou um topo mais baixo que o anterior, em R$ 23,60.”

Chinchila, da Terra, aponta que no longo prazo, pelo gráfico semanal [veja logo abaixo], se vê que UGPA3 superou uma importante resistência nas últimas semanas, confirmando a “formação de fundo e padrão ‘retângulo’, com alvos projetados entre R$ 19,00 e R$ 19,60.”

“Importante monitorar o preço acima da média móvel de 200 dias para manutenção da tendência de alta que foi iniciada”, destaca ele.

Fonte: Broadcast. Elaboração: Régis Chinchila, até 10/5

Por fim, para Milen, da Harami, a ação de UGPA3 está com tendência de alta, devido ao rompimento de uma LTB (linha de tendência de baixa), confirmada pelo aumento do ADX.

Elaboração: Alexandre Milen, até 10/5

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