Vittia (VITT3) lucra R$ 77,4 milhões no 3º trimestre, alta anual de 37,9%

Receitas da companhia foram puxadas pela linha de defensivos biológicos e inoculantes

Mitchel Diniz

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A Vittia (VITT3), fabricante de biotecnologia e insumos agrícolas, obteve lucro de R$ 77,4 milhões no terceiro trimestre de 2022, conforme resultados apresentados pela companhia na noite desta quinta-feira (10). O número representa um crescimento de 37,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês), foi de R$ 116,1 milhões, alta de 14,6% em bases anuais.

A receita líquida da companhia, de R$ 307,7 milhões no período, cresceu 8,5%. O faturamento com defensivos biológicos avançou 41% ano a ano e o de inoculantes, 30%.

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No acumulado dos nove primeiros meses do ano, os defensivos biológicos renderam R$ 98,4 milhões à empresa, com crescimento de 46,4% na comparação com o mesmo período em 2021.

Em 2021, a receita líquida da empresa foi de R$ 779 milhões.

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Historicamente, o terceiro trimestre é o principal momento do ano para a Vittia. É o período de concentração de entregas e de faturamento com insumos para a safra de soja, principalmente.

“A gente veio de um primeiro semestre muito forte, com crescimento de receita acima do esperado”, afirmou Alexandre Del Nero Frizzo, diretor financeiro e relações com investidores da Vittia ao InfoMoney.

Ele explica que os preços atingiram patamares elevados já no segundo semestre do ano passado, enquanto nos seis primeiros meses de 2021 ficaram deprimidos.

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“Agora já entramos em uma base comparativa de preços mais altos. Entregamos um crescimento em linha com o esperado para o ano, já que esperávamos acomodação desses preços”, diz Frizzo.

O executivo lembra que o agronegócio brasileiro enfrentou um ano de desafios, com quebra de safra nas principais regiões produtoras do sul do país e volatilidade de preços, com o risco de falta de suprimentos, em função da guerra na Ucrânia.

“Isso trouxe desafios para a companhia, sobretudo na linha de organominerais, que não está tendo um ano conforme o esperado. Mas o nosso core business, a linha de biológicos, continua entregando um crescimento bem robusto”, ressalta Frizzo.

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O medo de uma escassez de fertilizantes, acabou provocando um efeito contrário, com excesso do produto no mercado e uma acomodação de preços.

“No médio prazo, isso é bom. Chegamos a patamares que prejudicavam substancialmente a rentabilidade do agricultor e isso não é o interessante para nós. Dependemos do agricultor com situação financeira saudável, ganhando dinheiro para poder investir mais em tecnologia”, diz o CFO da Vittia.

Segundo ele, a expectativa é que a área plantada nesta safra seja maior, ainda que o produtor esteja enfrentando custos mais altos este ano.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados