Petrobras (PETR4): Atual política de dividendos prevê pagamentos extraordinários, diz CFO

Até o final do ano petroleira terá melhor visão sobre a remuneração adicional aos acionistas

Equipe InfoMoney

Publicidade

A Petrobras (PETR4) conta dentro de sua atual política de dividendos com a possibilidade de remuneração extraordinária, com o “excesso” de geração de caixa, segundo o diretor financeiro (CFO) da petroleira, Sergio Caetano Leite.

“A decisão vai depender da análise das finanças da companhia no curto, médio e longo prazos. Essas análises vão ficar para o fim do ano, quando teremos uma visão melhor de 2023”, disse ele, a analistas e investidores nesta sexta-feira (4).

A Petrobras anunciou na véspera um lucro menor e R$ 15 bilhões em dividendos, montante inferior aos pagos nos trimestres passados.

Continua depois da publicidade

Petrobras (PETR4): caixa e dividendos

Sobre o uso deste “excesso”, ele afirmou que a atual posição “está confortável e que não há perspectiva de mudança radical na gestão de caixa”.

Em relação ao atual patamar de caixa, Leite afirmou que ele está sendo avaliado, dentro do esforço da companhia para a elaboração do plano estratégico 2024-2028.

“Essas respostas serão endereçadas nas projeções que aparecerão neste plano (estratégico). Vale lembrar, contudo, que trabalhamos com caixa inferior a US$ 8 bilhões. O caixa mínimo que temos hoje é de US$ 5 bilhões. Isso está mantido. Essa é a nossa ideia”, disse.

Continua depois da publicidade

O executivo destacou ainda que, dentro da “revisão da política de dividendos”, foram assegurados “aspectos importantes que garantem solidez e controle da dívida”.

“Mantivemos periodicidade, pagando trimestralmente, e as guias de endividamento”, disse. “Esse patamar está em linha com as ‘majors’ mundiais, considerando tanto as independentes quanto as companhias detidas pelo estado.”

Há uma semana, a Petrobras informou ao mercado uma reformulação na regra que norteia o pagamento de dividendos, com uma redução do porcentual do fluxo de caixa livre de 60% para 45%.

Continua depois da publicidade

Dívida

O executivo destacou que a dívida subiu puxada por afretamentos de navios-plataforma, sobretudo no pré-sal da Bacia de Santos, mas mantém uma trajetória de queda. “A dívida bruta permanece dentro da faixa definida no Plano Estratégico”, disse.

A dívida bruta da Petrobras alcançou US$ 57,9 bilhões no segundo trimestre de 2023, uma alta de 8,2% em relação a igual período do ano passado e 8,7% acima do registrado ao fim do primeiro trimestre do ano, em 31 de março.

Continua depois da publicidade

Já a dívida líquida da empresa subiu para US$ 42,1 bilhões, valor 12,2% superior ao registrado no primeiro trimestre de 2023.

Recompra de ações

Caetano Leite disse ainda que a reformulação da política de dividendos abarca a estratégia de recompra de ações, que vai começar com um programa piloto com duração de 12 meses.

Continua depois da publicidade

“Esperamos concluir antes. A ideia é que ele não provoque grandes flutuações de preço. É a primeira vez usando recompra como remuneração aos acionistas”, afirmou.

Segundo ele, vão ser compradas 157,8 milhões de ações preferenciais, que representam cerca de 3,5% do ‘free float’ (ações em circulação).

O executivo concluiu afirmando que, após recompradas, as ações serão canceladas, configurando remuneração aos acionistas. O foco, acrescentou, são as ações preferenciais.

(Com Estadão Conteúdo)

Planilha Gratuita

O seu bolso vai agradecer

Organize a sua vida financeira com a planilha de gastos do InfoMoney; download liberado

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.