Nubank (ROXO34) divulga novo resultado positivo no 2º tri, mas analistas seguem divididos sobre potencial de alta das ações

Enquanto alguns analistas consideram que valuation está esticado, outros veem que a ação tem mais espaço para subir após 2º tri

Equipe InfoMoney

Fintechs, como o Nubank, já conseguem oferecer soluções financeiras com qualidade superior e preço mais baixo que os de instituições tradicionais.
Fintechs, como o Nubank, já conseguem oferecer soluções financeiras com qualidade superior e preço mais baixo que os de instituições tradicionais.

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O Nubank (NYSE: NU); BDR: ROXO34) divulgou seu resultado referente ao segundo trimestre de 2023 (2T23) na noite da última terça-feira (16), trazendo mais uma vez resultados que superaram as projeções, mas com analistas se mantendo divididos sobre até onde pode chegar a ação.

Com isso, a sessão pós-balanço é de volatilidade na Bolsa americana, onde as ações são negociadas: o papel chegou a subir até US$ 8,20 (+3,67%), mas às 13h40 (horário de Brasília) caíam para US$ 7,70, ou baixa de 2,65%.

A fintech reportou um lucro líquido de US$224,9 milhões no trimestre, revertendo um prejuízo de US$ 29,9 milhões no 2T22 e superando consideravelmente o consenso.

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Dentre os destaques, o banco adicionou 4,6 milhões de clientes no trimestre, atingindo 83,7 milhões, crescimento anual de 28%. Neste período, a taxa de atividade cresceu 2 pontos percentuais (p.p.) para 82%, finalizando o trimestre em 68,8 milhões de clientes ativos.

Com isso, o volume de depósitos alcançou US$ 18,0 bilhões, um crescimento anual de 23% sem efeito cambial (FXN) e trimestral de 8% impulsionado pela sazonalidade. Assim sendo, o índice empréstimo sobre depósitos alcançou 35%.

Para a Guide Investimentos, o resultado foi positivo, superando consideravelmente as expectativas do consenso. “Com isso, reconhecemos nitidamente a força da trajetória recente do Nubank e êxito em superar as estimativas do mercado, reafirmando o potencial da tese de investimentos em entrega de rentabilidade e alto crescimento”, avalia a casa de análise.

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O Bradesco BBI destacou reconhecer que os resultados da Nu melhoraram sequencialmente no 2T23, entregando um Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) de cerca de 17%, impulsionado principalmente por um forte crescimento da receita líquida de juros com base em sua estratégia agressiva de crescimento em linhas de risco, especialmente cartões de crédito.

Para o Itaú BBA, o banco entregou tanto capacidade de monetização de clientes quanto alavancagem operacional, registrando um lucro líquido acima do que esperava (US$ 195 milhões), com qualidade.

A NII (margem financeira) aumentou substanciais 23% em base trimestral (e 136% em um ano), impulsionada por uma base de produtos de crédito ao consumidor em rápido crescimento. Além disso, os depósitos continuaram a aumentar (8% no trimestre), com custo de captação estável em 80% do CDI.

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Os analistas do BBA mantiveram recomendação equivalente à “compra” (outperform, desempenho acima da média do mercado) para as ações da companhia negociadas na Bolsa de Nova York, com preço-alvo de US$ 9,50 ao fim de 2023 (potencial de alta de 20% em relação ao fechamento da ação na véspera).

O Bradesco BBI, contudo, tem recomendação equivalente à venda para o ativo, com preço-alvo de US$ 4,50 (valor 43% menor em relação ao fechamento da véspera).

Os analistas do BBI citam ser importante notar que a taxa de inadimplência continuou a se deteriorar, de acordo com a estratégia agressiva do banco. Houve crescimento de 0,4 ponto percentual (p.p.) na inadimplência, para 5,9%.

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“Dito isso, é importante entender o quão sustentável é a estratégia atual para garantir um crescimento mais rápido nas linhas de risco. Apesar de superar as estimativas, em nossa opinião, não vimos uma mudança material nas principais tendências do banco (crescimento forte e juros altos), enquanto o preço das ações parece estar mais relacionada aos novos produtos a serem lançados e à sustentabilidade de sua estratégia agressiva”, afirma o BBI.

Assim, no geral, mantém a visão mais cautelosa para as ações, pois vê que todos os pontos positivos já estão mais do que precificados.

Na mesma linha, a Guide aponta ver o valuation da companhia como altamente esticado (P/L estimado para 12 meses em 34 vezes e múltiplo de preço sobre valor patrimonial de 6,5 vezes).

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Isso, na visão dos analistas, exige manutenção de altas taxas de crescimento por mais algum tempo, sem espaço para erros, o que traz um risco assimétrico para a tese, fazendo a casa preferir empresas com valuation mais atrativos e bons fundamentos.

O Goldman Sachs, por sua vez, assim como o BBA, tem visão positiva para a fintech. O banco ressalta que, no geral, acredita que o conjunto de resultados reforça as boas tendências de monetização, principalmente no Brasil. No futuro, o crédito consignado no Brasil e a evolução da Cuenta Nu no México podem se tornar as principais alavancas de crescimento no curto prazo. Assim, a recomendação é de compra com preço-alvo de US$ 11 (upside de 39%).

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