Publicidade
A Movida (MOVI3) registrou um lucro líquido de R$ 819 milhões no fechamento de 2021, com um crescimento de receita 30% superior ao do ano anterior. Para 2022, a companhia deve reduzir o payout (pagamento de dividendos aos acionistas), embora em termos nominais, o valor deva ser maior em virtude do aumento nos lucros da empresa ao longo dos últimos anos.
“Até 2019, quando o lucro foi de R$ 229 milhões, pagávamos, em média, 45% como forma de remuneração ao acionista. A partir de agora, esse número deve ficar em torno 30%. Vamos diminuir o payout, ainda que o valor nominal seja maior”, explicou o CFO da empresa, Edmar Lopes, em live do InfoMoney.
A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do quarto trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
Levante
Ações de Alta Valorização
Analista de Equities, com mais de 30 anos de experiência no mercado, revela a seleção de Small Caps para você buscar lucros expressivos
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Leia também:
A Movida diminuiu de tamanho em aproximadamente 15% e desligou quase 1000 colaboradores no segundo trimestre de 2020. Na avaliação do diretor financeiro, essa postura permitiu que a empresa começasse 2021 com a possibilidade de aumentar sua frota antes da concorrência, o que trouxe reflexos sobre seus lucros.
“Ainda num cenário de não disponibilidade total de automóveis, conseguimos começar um movimento de repasse de preço muito relevante, o que se refletiu em resultado”, disse Lopes.
Continua depois da publicidade
O cenário de aumento nos custos, provocado pela alta crescente nos índices inflacionários e com a cadeia de suprimentos prejudicada, pode ser positivo para empresas de locação de automóveis. Para o CFO da Movida, o preço do aluguel aumentou, mas a alternativa [comprar um veículo] aumentou ainda mais e a empresa de aluguel de carros pode até ganhar market share, trocando a posse pelo uso de veículos.
A Movida elevou o preço médio das diárias em 23% no 4º trimestre, na comparação com o período imediatamente anterior. “O reajuste de tarifa é absolutamente necessário dada a condição economia, ou seja, o novo preço do carro e a taxa de juros, que é parte importante do nosso custo”, afirmou Lopes.
“Existe uma pressão de custo do nosso lado também, como os pneus que tiveram um aumento de cerca de 40%, por exemplo. Entendemos que o preço vai continuar subindo, num ritmo menor, mas vai ser ainda um ano de aumento de preços”, completou o CFO da Movida.
Continua depois da publicidade
O executivo explicou ainda os planos de expansão da empresa, que se baseará mais na vertical de Gestão e Terceirização de frota (GTF) do que em aluguel de veículos (RAC – Rent a Car), em cidades médias em que não possui grandes fatias de mercado.
Lopes também disse que a empresa “não foi chamada” a participar da compra de ativos da fusão entre a Localiza e a Unidas, um dos “remédios” apontados pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), apesar de o interesse por isso ser “baixo”. Assista à live completa acima, ou clique aqui.
Procurando uma boa oportunidade de compra? Estrategista da XP revela 6 ações baratas para comprar hoje.