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CIEL3: Com quase 100% de valorização em um ano, o que a análise técnica diz das ações da Cielo?

Ação busca importante região de preços na faixa dos R$ 6,00 para confirmar tendência de alta

Rodrigo Petry

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As ações da Cielo (CIEL3) acumulam impressionantes 96,4% de ganhos nos últimos doze meses na Bolsa e, em 2023, já contam com valorização de 10,1%. No pregão desta terça-feira (9), as ações registraram nova valorização, de 1,42%, cotadas a R$ 5,71.

No primeiro trimestre deste ano, a Cielo (CIEL3) lucrou R$ 441 milhões, uma alta anual de 139%, e anunciou pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 196,2 milhões. Entre os destaques positivos do período esteve a reprecificação das taxas.

Para analistas técnicos, a ação busca importante região de preços na faixa dos R$ 6,00 para confirmar tendência de alta dos papéis. Confira, agora, o que dizem os especialistas consultados pelo InfoMoney.

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Análise técnica: Cielo (CIEL3)

Segundo a Levante, em relatório assinado por Enrico Cozzolino, as ações da empresa, ajudadas por bons resultados divulgados recentemente, fizeram o rompimento de importante nível de preços na faixa, dos R$ 5,40, fazendo máximas recentes em região de topo visitada somente em 2022.

Fonte: ProfitChart. Elaboração: Enrico Cozzolino, até 8/5

Entre os cenários propostos pela Levante, o com maior probabilidade [veja no gráfico logo abaixo] seria a correção de preços até a última resistência rompida, nos R$ 5,40, e retomada da movimentação compradora, com rompimento de R$ 5,84.

Fonte: ProfitChart. Elaboração: Enrico Cozzolino, até 8/5

Já em um cenário menos provável [veja no gráfico logo abaixo], a Levante aponta para um movimento sem correção dos topos deixados em 2022, na faixa dos R$ 5,84, renovando máximas recentes.

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Fonte: ProfitChart. Elaboração: Enrico Cozzolino, até 8/5

Enquanto isso, em um cenário pessimista, estaria o falso rompimento dos R$ 5,40, “voltando o preço para antiga região de consolidação”.

Em suma, as ações de Cielo têm uma tendência de consolidação no curto prazo, e indefinidas no médio e no longo prazos.

Como pontos de suporte para as ações estão os R$ 5,40 (1) e R$ 4,90 (2), enquanto as resistências estão em R$ 5,84 (1) e R$ 6,00 (2).

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CIEL3: curto prazo

Para Alexandre Milen, analista e CEO da Harami, as ações da Cielo estão em tendência de alta no curto prazo, o que se comprova pela clara presença de uma LTA (linha de tendência de alta), com médias móveis cruzadas [veja gráfico abaixo], “indicando compra, bem como o aumento do indicador ADX (Average Directional Index) superando 25,00.”

Fonte: trvd. Elaboração Alexandre Milen, até 8/5

Avaliação semelhante tem o analista chefe da Wisir Research, Gustavo Massotti. Segundo ele, no curto prazo, com base no gráfico diário [veja abaixo], o ativo encontra-se em tendência de alta e dentro de um canal de alta, com projeções de R$ 6,10, R$ 7,25 e R$ 9,00.

Enquanto isso, destaca ele, os suportes para o ativo estão em R$ 5,40, R$ 5,00 e R$ 4,20.

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Fonte: ProfitChart. Elaboração: Gustavo Massotti, até 8/5

Breno Ráo, analista do PagBank, acrescenta que a recente superação da faixa de resistência dos R$ 5,25 reestabeleceu um “viés comprador no curto prazo, a fim de novo teste da zona de resistência dos R$ 6,00“.

Para ele, o OBV (indicador que relaciona mudanças de preços com variações de volume) segue ascendente, “acompanhando as altas, bem como o indicador MACD (Média móvel convergente e divergente)”.

Fonte: trvd. Elaboração: Breno Raó, até 8/5

CIEL3: médio prazo

Sobre o médio prazo, Milen aponta para uma tendência de alta [conforme gráfico abaixo], diante do cruzamento de médias móveis exponenciais desde abril de 2022, “corroborado pelo estreitamento das bandas de Bollinger com os preços caminhando na banda superior”.

Fonte: trvd. Elaboração Alexandre Milen, até 8/5

Em relação ao médio prazo, Massotti aponta que, em agosto de 2022, [gráfico abaixo] o ativo voltou a operar acima de sua média de preços das últimas 200 semanas. Desde então, aponta ele, “seus preços operam dentro de um retângulo, que têm como base nos R$ 4,20 e teto marcado nos R$ 6,10“.

Fonte: ProfitChart. Elaboração Gustavo Massotti, até 8/5

Por sua vez, Raó aponta que o gráfico semanal configurava tendência de baixa, até superar o topo na zona dos R$ 4,00 em 2022, “fato que desconfigurou os topos descendentes”.

“Agora, o ativo pode estabelecer topos e fundos ascendentes, caso supere o topo nos R$ 6,00, zona de resistência que faz influência no preço há cerca de 37 semanas”, acrescenta.

Segundo ele, os indicadores MACD e OBV seguem ascendentes, apoiando essa reversão de tendência [veja o gráfico abaixo], bem como as médias de 9 (cinza) e 80 períodos (laranja).

“A média de 200 períodos (azul) atualmente é um obstáculo para o preço, atuando como resistência também, mas tudo indica ser um processo para superá-la e incliná-la para cima”, avaliou.

Fonte: trvd; Elaboração: Breno Ráo, até 8/5

CIEL3: longo prazo

Olhando o longo prazo, Milen destaca que as ações estão sem uma tendência definida. Ou seja, o ativo está lateralizado.

Assim, conforme ele, é importante ficar atento a forte resistência no preço de R$ 6,00, que, se ultrapassada, poderá resultar em forte alta dos preços.

Para Massotti, após marcar seu topo histórico, em 2015, de R$ 23,18, a ação passou um bom período em queda, que teve início em meados de 2018.

O ativo, por sua vez, buscou uma recuperação no início de 2022, depois de marcar fundo, na região dos R$ 1,86, em dezembro de 2021.

Fonte: ProfitChart. Elaboração Gustavo Massotti, até 8/5

Por fim, para Ráo, as ações não apresentam tendência no longo prazo, pois contam apenas com dois fundos descendentes e um único topo, nos R$ 22,72, pelo gráfico mensal.

“Desde que registrou fundo nos R$ 1,84, o preço retomou viés comprador, negociando acima da média de 9 períodos novamente, com ascendência no saldo de volume (OBV) e no MACD”, disse.

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