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A Blau Farmacêutica (BLAU3) lucrou R$ 61 milhões de forma líquida no primeiro trimestre de 2022 (1T22), queda de 29% frente aos R$ 83 milhões registrados no mesmo período de 2021.
A queda do lucro líquido se de forma paralela ao recuo de 4% da receita, que foi de R$ 313 milhões. “No primeiro trimestre deste ano registramos uma venda de imunoglobulina 80% inferior ao ao mesmo intervalo do ano passado, em função da falta de suprimentos”, justificou a companhia no documento publicado na noite desta segunda-feira (9). Segundo a Blau, se não fosse pela falta de suprimentos , a receita líquida da companhia teria avançado 13,4% na base anual.
Além da queda da receita líquida, a farmacêutica viu também seus custos avançarem, chegando a 48,5% da receita – frente 47,6% entre janeiro e março do ano passado. A alta se deu por conta do diferente mix vendido bem como pela importação de IFAs – sendo que a companhia ainda não se beneficiou da recente queda do dólar, uma vez que consumiu estoque.
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As despesas operacionais avançaram 16,4% na mesma comparação, ficando em R$ 51,3 milhões, sendo R$ 15 milhões com vendas, R$ 26 milhões gastos gerais e administrativos e R$ 11 milhões com pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I). Os gastos gerais e administrativos foram os que mais subiram, com 8,4% de alta.
Com isso, a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), ou margem operacional, recuou 2,5 ponto percentual, para 36,8%. O Ebitda totalizou R$ 115 milhões entre janeiro e março últimos, queda de 36,8%.
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Por fim, a Blau viu ainda suas despesas financeiras chegarem a R$ 32,2 milhões, anté prejuízo de R$ 500 mil no mesmo trimestre do ano passado – impacto da valorização do Real frente ao dólar, uma vez que a companhia possuía, no final de março US$ 40 milhões em caixa, bem como gastos com hedge.
A Blau fechou março com um caixa líquido de R$ 499,9 milhões, ante dívida líquida de R$ 556,9 milhões no mesmo mês de 2021.
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