Azul (AZUL4) salta mais de 9% e Gerdau (GGBR4) avança 4% com recomendações; confira as análises

Análises do Itaú BBA e BofA elevaram recomendações para Azul, enquanto BTG reforçou compra em Gerdau; BBA também elevou Tupy

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)
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Algumas recomendações movimentaram o mercado brasileiro na sessão desta segunda-feira (22).

Em destaque, a Azul (AZUL4) subiu 9,37%, a R$ 15,40, com recomendações do Itaú BBA (para equivalente à compra) e Bank of America (para equivalente à neutra). Já a Gerdau (GGBR4) avançou 4,19%, a R$ 25,09, com o BTG Pactual reforçando recomendação de compra para os ativos após a queda recente de ações.

O Itaú BBA elevou a recomendação para Tupy (TUPY3) para equivalente à compra, com a ação subindo 1,45%, a R$ 25,11.

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Confira as análises:

Tupy (TUPY3)

Após um baixo desempenho desde janeiro (queda de 40% versus pares de bens de capital e 10% versus Ibovespa), o Itaú BBA apontou que está mais construtivo em relação à Tupy, fabricante de blocos e cabeçotes de motores.

Assim, mantiveram o preço-alvo de R$ 31 para TUPY3 ao fim de 2023, mas elevaram a recomendação da ação de neutra (desempenho em linha com a média do mercado) para “compra”.

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A mudança tem como base uma avaliação excessivamente descontada, com a ação negociando perto de um EV/Ebitda
(métrica que mede o quão cara uma ação está negociando, por meio da relação entre a relação entre o valor de mercado da empresa e o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações)  mais baixo de todos os tempos, de 3,7 vezes.

Além disso, a inflexão na tendência de resultados, com melhores volumes, preços e estoques e as notícias positivas na alocação de capital, com novos contratos de montagem e sinergias da MWM, explicam parte do otimismo.

O banco lembra que a Tupy anunciou três contratos em 2023 como parte de sua estratégia: um acordo com uma montadora para a adição de serviços de usinagem e montagem aos habituais serviços de fundição; o direito exclusivo de fornecer cabeçotes de motor para os motores à combustão movidos a hidrogênio da MAN; e parceria com a Primato para implantar a solução inovadora da MWM para produzir biocombustíveis e eletricidade limpa.

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“Avaliamos que este é apenas o começo de um ciclo de anúncios positivos a serem feitos pela Tupy no desenvolvimento de suas novas iniciativas. Em adição à aceleração de margem a ser gerada pelas sinergias da Teksid, é provável que estes anúncios se tornem gatilhos para o preço das ações à medida que a empresa fornece detalhes sobre as oportunidades e
esses empreendimentos são incorporados nas estimativas de médio prazo dos investidores”, apontam os analistas.

Azul (AZUL4)

Analistas do Bank of America elevaram a recomendação das ações da Azul para “neutra”, bem como aumentaram o preço-alvo dos papéis para R$ 18, de R$ 11,80 anteriormente, segundo relatório a clientes nesta segunda-feira.

“Nós enxergamos agora um risco-retorno bem equilibrado para a ação após a valorização do real, uma curva de preço de combustível de aviação mais baixa e avanços no plano de reestruturação com os arrendadores”, afirmaram.

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O Itaú BBA também atualizou seus modelos para Azul e Gol (GOLL4), elevando a recomendação de AZUL4 de neutra (desempenho em linha com a média do mercado) para “compra” e mantendo a indicação neutra para GOLL4.

“Ressaltamos que ambas as empresas anunciaram recentemente planos de reestruturação de passivos, que devem reduzir consideravelmente o risco de seus problemas de liquidez. A reestruturação significou uma extensão dos vencimentos de dívida das companhias e a conversão de parte dos direitos dos credores em ações, resultando em alguma diluição para os acionistas”, avaliam os analistas.

A recomendação de “compra” para a ação da Azul é baseada em boa visibilidade do seu plano de reestruturação, nomeadamente a diluição para os acionistas; o baixo custo marginal da dívida, em 7,5% em dólar, versus 18% em Gol; e EV/Ebitda ainda atraente em 5 vezes para 2024, apesar da alta de 100% das ações desde o anúncio da reestruturação (vs. alta de 4% de GOL e de 6% do Ibovespa).

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Gerdau (GGBR4)

O BTG Pactual destacou em relatório que a hora é de aproveitar a queda de preço e compras as ações de Gerdau. O banco aponta que a Gerdau teve um desempenho relativamente ruim em comparação ao mercado nos últimos meses, com uma queda indiscutivelmente forte de 15% no acumulado do ano.

“No entanto, os fundamentos da empresa permanecem robustos. Ao contrário de outras ações em nossa cobertura, como Vale VALE3, CBA CBAV3, Suzano SUZB3 e Klabin KLBN11, a Gerdau não passou por um ciclo de redução das estimativas de lucros. O primeiro trimestre de 2023 rendeu resultados acima do esperado,
possivelmente marcando o sétimo resultado reportado consecutivo acima do esperado nos últimos dois anos e estamos confiantes em nossa faixa projetada de Ebitda de R$ 15,5-16,5 bilhões para 2023″, apontam os analistas.

Embora as preocupações com uma possível recessão nos EUA tenham pesado sobre a ação, a visibilidade dos resultados para os próximos trimestres continua alta e positiva.

No Brasil, os analistas veem que o período de baixa rentabilidade provavelmente já passou, apesar dos desafios contínuos de aumento de preços devido às fracas condições de demanda.

“No geral, a Gerdau se destaca como a ação com o suporte de valuation mais forte em nosso universo de cobertura, sendo
negociada a apenas cerca de 3 vezes o Ebitda para 2023 e oferecendo um yield do fluxo de caixa de atraentes cerca de 20%. Estimamos um dividend yield de cerca de 15% em 2023 (o mais alto em nosso universo de cobertura)”, finaliza o BTG.

(com Reuters)

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