Ação da Americanas (AMER3) sobe 16,5% após trégua com credores; Marisa (AMAR3) também fecha com forte alta na sessão

Sessão é de ganhos para as ações das duas companhias, que enfrentam dificuldades em busca de reorganização financeira; macro também contribui para altas

Equipe InfoMoney

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As ações da Americanas (AMER3), em recuperação judicial, registraram uma sessão de disparada na Bolsa nesta quarta-feira (12). Na noite da véspera, a varejista comunicou ter acertado com alguns bancos credores a suspensão de disputas judiciais em curso, o que impulsiona os ativos. O papel AMER3 fechou em alta de 16,50%, a R$ 1,20, após chegar a subir até 25,24%, a R$ 1,29, na máxima do dia. Vale destacar, contudo, o baixo valor de face dos ativos, que fazem com que variações de centavos virem significativas alterações percentuais.

A companhia, que está em recuperação judicial após revelar rombo contábil de cerca de R$ 20 bilhões no início do ano, não mencionou com quais ou quantos bancos chegou a um acordo. O Itaú Unibanco (ITUB4) afirmou à Reuters na véspera que é uma dessas instituições, após notícias sobre o assunto.

A Americanas afirmou que, com o acordo, espera que “as partes envolvidas foquem seus esforços na negociação de um plano de recuperação judicial que seja aceitável para a maior parte dos credores da companhia e que viabilize o futuro operacional da Americanas”. A companhia não mencionou por quanto tempo será a suspensão.

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Bancos credores e Americanas vêm travando diversas batalhas judiciais, em especial em tribunais no Rio de Janeiro e de São Paulo, sobre fatores como a produção de provas antecipadas no âmbito das investigações das inconsistências contábeis reveladas pela varejista. O caso, inclusive, chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF).

As ações da Marisa (AMAR3) também tiveram um dia de alta, com ganhos de 9,23%, a R$ 0,71; na máxima do dia, o papel subiu até R$ 0,76, ou alta de 16,92%. Na véspera, a ação já tinha subido 8,33%. Assim como no caso de AMER3, cabe considerar o baixo valor de face dos ativos, que inclusive levou a um comunicado da empresa nesta semana.

No radar da companhia, na noite da última segunda-feira (10), ela respondeu a um questionamento da B3, que verificou que as ações foram negociadas abaixo do R$ 1 entre os dias 9 de fevereiro e 24 de março. Assim, a Bolsa estabeleceu até 27 de setembro ou a data da próxima assembleia geral para que a varejista tome as medidas cabíveis para elevar o preço dos papéis.

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A Marisa afirmou que o seu plano de reestruturação, já em curso, deve ser suficiente para fazer com que as suas ações voltem a ser negociadas acima de R$ 1.

“Em termos de procedimentos e cronograma, seguirá monitorando diariamente a cotação de suas ações, e avaliará, ao longo dos próximos meses e em prazo exequível até a data limite de 27 de setembro 2023, as alternativas indicadas para o
enquadramento das cotações das ações, inclusive o procedimento de grupamento de ações; e caso ainda necessário, procederá com o grupamento de ações da Companhia, seguindo as orientações da B3 e as determinações da assembleia de acionistas, até a data limite”, apontou a varejista.

Cabe destacar que, ainda no radar do setor, está a visão de uma queda mais próxima da Selic após os dados de inflação IPCA abaixo do esperado, o que seria benéfico para as varejistas. Além disso, a notícia de que a Receita Federal  irá acabar com a regra que isenta de imposto as remessas internacionais com valor inferior a US$ 50 (cerca de R$ 250) também ganha destaque, uma vez que pode beneficiar as varejistas nacionais. 

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(com Reuters)

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