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O ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, anunciou nesta quarta-feira (22) no Parlamento o novo plano fiscal para o país, a chamada “Declaração de Outono”, na qual foi previso um grande corte de impostos para os trabalhadores e manutenção ou redução de tributos para empresas que invistam em modernização da produção e em empreendimentos mais sustentáveis.
Segundo Hunt, a principal alíquota de imposto para os empregados será reduzida de 12% para 10% a partir de 6 de janeiro. Atualmente é cobrada uma taxa 12% sobre ganhos entre 12.571 libras e £ 50.271, além de outros 2% sobre qualquer valor acima disso. O chanceler anunciou que essa medida beneficiará cerca de 28 milhões de pessoas, economizando £ 450 por ano para alguém com salário médio.
Segundo cálculos do escritório de responsabilidade orçamentária (OBR, na sigla em inglês) esse corte no seguro nacional dos trabalhadores vai representar um renúncia de 10 bilhões de libras por ano até 2028/2029.
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Além disso, os trabalhadores independentes se beneficiarão de alterações em duas outras áreas do seguro nacional que lhes são específicas. Hunt disse que isso economizaria cerca de £ 350 por ano para um trabalhador autônomo.
O salário mínimo nacional aumentará mais de uma libra, para £ 11,44 por hora, a partir de abril do próximo ano.
Por outro lado, foi anunciado que os beneficiários da previdência que não conseguirem emprego dentro de 18 meses terão que fazer uma requalificação profissional e aqueles que não procurarem trabalho por um período de seis meses terão os benefícios suspensos.
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Para as empresas, foi anunciado um apoio ao investimento e à produtividade, com a extensão permanente da chamada despesa total, uma política que permite às empresas reivindicar benefícios fiscais sobre investimentos, no valor de mais de 10 bilhões de libras por ano.
Projeções econômicas
Durante o anúncio da “Declaração de Outono”, foram divulgadas revisões para o desempenho da economia do Reino Unido, que mostram um velocidade inferior à estimada antes para os próximos dois anos.
Segundo o OBR, a economia crescerá 0,7% em 2024 e 1,4% em 2025, dados menores que as projeções de 1,8% e 2,5% realizadas em março. No entanto, o órgão de fiscalização prevê que o PIB avançará 0,6% em 2023, consideravelmente melhor do que esperava no outono passado, quando se previu que a economia entraria em recessão e encolheria 1,4%.
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Hunt disse ao Parlamento que o Reino Unido “cresceu mais rapidamente do que a área do euro” e é agora “1,8% maior do que antes da pandemia”.
Já para a inflação ao consumidor, que atualmente está em 4,6%, a previsão é que ela cairá para 2,8% no final de 2024, antes de recuar para a meta de 2% em 2025. Anteriormente, previa que a inflação cairia para 0,9% no próximo ano e 0,1% no ano seguinte.