Vendas nos shoppings devem crescer 14,6% neste ano, projeta Abrasce

Faturamento do setor deve superar os R$ 192,8 bilhões registrados em 2019, último ano antes da pandemia; ano deve ter 15 inaugurações de shoppings

Estadão Conteúdo

Shopping Center (Pixabay)
Shopping Center (Pixabay)

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O faturamento do setor de shoppings deve atingir R$ 219,8 bilhões em 2023, um crescimento de 14,6% na comparação com 2022, segundo com projeção divulgada pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) nesta terça-feira (7).

Se confirmado, o resultado ultrapassará os R$ 192,8 bilhões registrados em 2019, último ano antes da pandemia de covid-19, e significará um novo recorde para o setor.

O ano passado já mostrou uma recuperação expressiva do setor, com as vendas dos shoppings crescendo 20,5% em relação a 2021 (foram R$ 191,8 bilhões em 2022, contra R$ 159,2 bilhões no ano anterior). Foi um desempenho bem acima do projetado pela Abrasce (+13,8%).

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Glauco Humai, presidente da associação, diz que o desempenho é explicado pelo fluxo de visitantes, que se recuperou mais rápido do que o previsto, pela desaceleração da inflação e pelo avanço na geração de empregos, o que criou condições mais favoráveis para o consumo.

“O ano de 2022 foi bem melhor que o esperado. O público voltou com força, e a inflação mais controlada ajudou bastante também”, afirmou Humai. “Para 2023, o clima é de otimismo com cautela”.

A previsão de crescimento deste ano considera uma contínua melhora no fluxo de visitantes e mais inaugurações de shoppings (a projeção é de 15 inaugurações neste ano, contra 8 em 2022 e 5 em 2021). “Todos esses fatores juntos devem ancorar o crescimento do setor”, diz Humai.

O presidente da Abrasce espera que a inflação siga controlada e que o mercado continue gerando empregos, mas ponderou que a taxa de juros está alta — o que dificulta a tomada de financiamentos para compras e investimentos.

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