Venda de veículos novos cresce 24% em julho, ainda sob reflexo do incentivo para ‘carro popular’

Foram emplacados no mês passado 225,6 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus

Estadão Conteúdo

Carros em pátio de montadora em São Bernardo do Campo, no Grande ABC (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Carros em pátio de montadora em São Bernardo do Campo, no Grande ABC (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Puxada ainda pelos descontos proporcionados pelo programa do governo federal, as vendas de veículos em julho cresceram 24% em relação ao mesmo mês do ano passado, e 19% se comparado a junho. Foram emplacados no mês passado 225,6 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.

A previsão do mercado para os próximos meses, contudo, é de queda, pois boa parte dos negócios foram antecipação de compras, embora exista expectativas de queda dos juros na reunião do Copom, que termina nesta quarta (2), o que pode dar um certo ânimo aos consumidores.

No programa governamental, que para os automóveis durou um mês, foram concedidos descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil para modelos de até R$ 120 mil. Incentivos para caminhões e ônibus continuam. No caso específico das vendas de automóveis, balanço parcial indica que, até esta segunda (31 de julho), o crescimento em relação a junho e a julho do ano passado estava na casa dos 30%.

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Segundo dados preliminares das revendas, julho teve o melhor mês em vendas desde dezembro de 2020, quando foram comercializados 244 mil veículos. O dado mais próximo ao registrado no mês passado foi o de novembro de 2020, com 215 mil unidades. Em junho passado, quando o programa teve início, o resultado foi de alta de 6,4% ante o mesmo mês de 2022 e de 7,4% ante maio.

Outra explicação para os resultados de julho foram as vendas para locadoras e frotistas, que só tiveram acesso aos descontos no final do mês. Como o licenciamento dos automóveis ocorre dias após a compra, os registros foram contabilizados no mês passado.

Parte dos veículos vendidos era de estoques, tanto que várias fabricantes anunciaram férias coletivas e lay-off (suspensão de contratos) no mês passado. A Volkswagen chegou a anunciar lay-off por dois meses para parte dos trabalhadores da fábrica de Taubaté (SP), mas logo depois suspendeu a medida em razão do bom desempenho do Polo, fabricado na unidade. Ainda assim, a montadora concedeu 10 dias de férias para todos os funcionários.

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O resultado oficial das vendas será divulgado em breve pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Já os dados de produção, empregos e exportações serão apresentados pela Associação Nacional dos Fabricantes d Veículos Automotores (Anfavea) na próxima segunda-feira (7).