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A Federação Nacional do Comércio de CombustÃveis e de Lubrificantes (FecombustÃveis) criticou a fiscalização pelos Procons nos postos de abastecimento e a criação de um canal de denúncia pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) sobre postos que não estejam cobrando preços justos de gasolina e óleo diesel, ou sob alegação de preços abusivos em relação à s refinarias da Petrobrás.
A entidade lembra que, a partir da edição das Portarias Interministeriais 294/97 e 240/2001, os preços são livres no Brasil e devem se formados de acordo com a dinâmica de oferta e demanda, em um ambiente de livre mercado.
“Vale destacar que a competição no setor da revenda de combustÃveis é muito acirrada, são cerca de 42 mil postos de combustÃveis no paÃs, cujas margens são bem apertadas e, na grande maioria das capitais, estão abaixo de 10% bruto”, afirma em nota, argumentando que desta maneira “dificilmente, o consumidor será explorado com preços fora do patamar do mercado, já que num regime de preços livres quanto maior a competição, melhor será o preço ao consumidor final”, complementa.
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Tabelamento
A FecombustÃveis ressalta que no regime de preços livres, em que se pauta o mercado de combustÃveis, não há qualquer tipo de tabelamento, valores máximos e mÃnimos, participação do governo na formação de preços, nem necessidade de autorização prévia para reajustes de preços. Desde 1997, o governo federal deixou de controlar o preço dos combustÃveis.
Ainda de acordo com a entidade, os postos compram combustÃveis das distribuidoras e não das refinarias da Petrobras, que inclusive não é mais a única fornecedora do mercado, dividindo a venda com a Ream, na Amazônia, e com a Refinaria Mataripe, controlada pela Acelen, na Bahia.
Além disso, ressalta, ainda é levado em conta o volume de produtos importados, que não seguem os preços da Petrobras, mas, sim, da cotação do mercado internacional. Em torno de 20% do óleo diesel e mais de 10% da gasolina são importados.
BiocombustÃveis
Além disso, informa a entidade, o combustÃvel adquirido pelas distribuidoras é acrescido de biocombustÃveis. No caso da gasolina é acrescentado 27% de etanol anidro. Esta gasolina com a mistura recebe o nome de gasolina C, que é a vendida nos postos. O mesmo ocorre com o óleo diesel que recebe adição de 12% do biodiesel, tornando o diesel B, comercializado nos postos.
“Considerando apenas a composição do combustÃvel (sem impostos): 73% da gasolina é o custo das refinarias e 27% é o custo do etanol anidro. No caso do diesel, 88% é o custo das refinarias e 12% inclui o preço do biodiesel”, destaca, lembrando que além dos custos dos biocombustÃveis, as distribuidoras também incluem os custos de logÃstica para realizarem todo suprimento de combustÃveis no paÃs.
“Para reduzir os preços, os postos dependem dos preços cobrados pelas distribuidoras, que dificilmente será na mesma proporção dos custos das refinarias pelas caracterÃsticas de funcionamento deste segmento. Ou seja: um terço do custo total dos combustÃveis pagos pelo consumidor é referente à refinaria”, conclui.

