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Ao impor uma série de regras e obrigações à abertura de empresas, o Estado impede que novas ideias proliferem e, assim, além de prejudicar o crescimento econômico, dificulta a ascensão das camadas mais pobres da população. Por isso, de acordo com a economista e professora da Universidade de Illinois Deirdre McCloskey, o caminho para combater a pobreza não é outro senão a adoção do liberalismo.
De acordo com ela, a participação do Estado na economia inibe o surgimento de novos negócios por pessoas que poderiam ter uma profissão, citando, como exemplo, entraves impostos à abertura de um salão de cabelereiro. âSe o governo local impede isso [abrir o salão], a vida dos pobres pioraâ, afirma, em entrevista ao UM BRASIL â uma realização da FecomercioSP. âà só deixar as pessoas fazerem. O segredo é deixar as pessoas em pazâ, complementa.
Segundo Deirdre, ânão há pobres onde há bons empregosâ, reiterando que o que impede a criação de postos de trabalho é a regulação estatal. âNão é de esmola que os pobres precisam. à de trabalho. E não me refiro a trabalho escravo, mas ao trabalho em que possam crescer. E é isso que uma economia vibrante providenciaâ, frisa.
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Autora de diversos livros sobre o pensamento liberal, a economista ressalta que âo melhor programa de bem-estar social é o crescimento econômicoâ, cujo motor, enguiçado pela burocracia, são as ânovas e boas ideiasâ.
âO que enriquece são novas ideias, não apenas os investimentos. Ãndia e China, em vez de crescerem 2% ou 3%, crescem de 6% a 12% por ano. à disso que vocês [brasileiros] precisam: adotar o liberalismo â o que na Ãndia acontece desde 1991, e na China, ao menos na economia, desde 1978â, defende.
Deirdre atribui ao capitalismo liberal o enriquecimento mundial nos últimos dois séculos e diz que os paÃses que adotaram essa polÃtica econômica, ainda que de forma tÃmida, tiveram resultados extraordinários. âEles voaramâ, sintetiza.