Publicidade
Caros leitores, digníssimas leitoras,
Após um longo e tenebroso inverno, no qual ficamos em quarentena sem qualquer tipo de viagenzinha ou evento de grande porte, eis que, para felicidade geral do estagiário, começou nesta semana em Lisboa o Web Summit 2021.
Para quem não conhece, o Web Summit é um dos mais importantes eventos mundiais de tecnologia, empreendedorismo e inovação. Com isso, focaremos os nossos próximos textos nas tendências que estão sendo debatidas por aqui na parte de veículos.
Continua depois da publicidade
Um dos principais pontos que têm sido abordados é a descarbonização do setor automotivo. Traduzindo: o mercado caminha a passos largos para a eletrificação dos seus produtos.
Ou seja, talvez você não tenha um carro eletrificado nesta vida, mas seus filhos e netos provavelmente terão!
Neste primeiro texto aqui de Portugal, vamos falar sobre o uso da bateria do veículo – com todos os preconceitos que ela gera.
Continua depois da publicidade
Quando falamos em carros elétricos, um dos primeiros problemas que vem à cabeça é a durabilidade das baterias. Afinal, se você leitor for como eu, já percebeu que a vida útil da bateria do seu celular é de uns três anos (isso se você cuidar bem dela).
No nosso imaginário, é de se supor que algo similar aconteça com as baterias dos carros. Como o assunto (eletrificação) é novo, ainda não temos informações estatísticas suficientes para isso.
Contudo, o pessoal da Tesla fez um estudo que ajuda mais ou menos a identificar essa perda: eles acompanharam 900 clientes reais da montadora, donos de modelos S e X, para verificar qual foi a degradação das baterias ao longo do tempo.
Continua depois da publicidade
E qual foi a grande conclusão?
Para os clientes da Tesla, chegou-se à conclusão que a bateria perde 5% do poder de armazenamento após 50 mil Km rodados. Mas o lado “mais melhor de bom” é que, após essa barreira dos 50 mil Km, a perda de eficiência passa a ser de 1% a cada 50 mil Km.
O estudo acima mostra que, ao andar mais de 270 mil Km, a bateria estaria com uma vida útil de 91%. Considerando aquele número mágico de 80% como o prazo final da vida da bateria (e fazendo aquela clássica conta de padoca), você poderia rodar com um Tesla por 800 mil Km antes de precisar fazer a troca das baterias.
Continua depois da publicidade
O ponto do estudo da Tesla é que, além dele já ter alguns anos, a evolução das baterias vem acontecendo com uma rapidez gigante. Provavelmente, se eles realizassem um novo estudo desse tipo, o resultado seria ainda mais animador.
Já um estudo da Bloomberg mostra que se em 2010 o custo de armazenamento por kWH rondava na casa de US$ 1.000, em 2018, ele chegou à cifra de US$ 179. E a pesquisa projeta um valor médio de US$ 70 para 2030.
Ou seja, imaginemos um pack de 50 kWH que, em 2010, tinha custo de US$ 50 mil. Em 2030, ele deverá custar por volta de US$ 3.500. Essa redução constante dos custos das baterias é um forte sinalizador de aumento na demanda/produção de veículos eletrificados.
Continua depois da publicidade
Mas não é só isso. Além da redução do custo das baterias, temos ao mesmo tempo o aumento da autonomia dos veículos (que já foi mais do que duplicada) e a redução no tempo de carregamento.
A consagração dos carros eletrificados vai gerar uma série de novos negócios que ainda não foram explorados. Por exemplo: mercado de carros seminovos, reciclagem e reutilização das baterias, sem contar os novos serviços ligados aos veículos elétricos.
Mas isso é assunto para os próximos textos.
E aí, o que achou? Dúvidas, me manda um e-mail aqui.
Ou me segue lá (onde sou menos perdido) no Facebook, Instagram, Linkedin e Twitter.
You must be logged in to post a comment.