Líder em entregas de alimentos também precisou se reinventar na crise

Apesar de menos afetadas, até empresas ligadas à tecnologia precisaram se recriar neste período de pandemia

Eli Borochovicius

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(Shutterstock)
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Em tempos de isolamento social e de fechamento de restaurantes, a população passou a armazenar alimentos para cozinhar em casa e utilizar os serviços de entrega.

Líder em delivery on line de alimentos e bebidas, o iFood tem origem brasileira, conta com aproximadamente 150 mil restaurantes parceiros em mais de mil cidades e também está presente no México e na Colômbia.

Como consequência do período de pandemia, a empresa percebeu o crescimento da demanda, que era de aproximadamente 30 milhões de pedidos mensais.

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O rápido avanço do coronavírus afetou o caixa de muitas empresas e o mau momento econômico tem exigido medidas desagradáveis. Apesar de ser uma empresa de tecnologia e voltada a um mercado que não pode parar, o iFood também precisou se adaptar a esse novo momento.

Para garantir a segurança dos entregadores que não deixaram de fazer o seu trabalho, arriscando serem infectados, a empresa distribuiu kits de álcool em gel e material informativo em São Paulo.

Essa ação ainda será expandida para o Rio de Janeiro, Fortaleza, Brasília, Porto Alegre e Curitiba, onde há maior concentração de pessoas e 77% dos casos de Covid-19 no Brasil.

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Também pensando no bem estar dos seus parceiros entregadores, foi criado um fundo solidário de R$ 2 milhões de reais.

Metade do valor visa atender àqueles que precisam ficar de quarentena e a outra metade será para atender grupos de risco que necessitam permanecer em isolamento. São pessoas com mais de 65 anos de idade, com doenças pulmonares, cardíacas, diabetes descompensada, imunossupressão, além de outras doenças.

A empresa destinará R$ 50 milhões para um fundo de assistência a restaurantes, especialmente os estabelecimentos de pequeno e médio porte.

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A plataforma também pretende prestar um serviço à população, criando um espaço permanente para doações. A ideia é oferecer, em 15 dias, 250 mil refeições para cerca de 30 mil pessoas em situação de vulnerabilidade financeira e social.

Apesar deste texto parecer mais uma propaganda do iFood – confesso que me preocupei para não parecer que fosse – o objetivo aqui é mostrar como as empresas estão reagindo a este momento econômico desafiador.

Mesmo aquelas que aparentemente tiveram ampliação de receitas, estão se solidarizando e buscando enfrentar a dor com compaixão.

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Espero que estejamos todos aprendendo com esse momento e que possamos continuar nossas ações solidárias quando tudo isso acabar.

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Eli Borochovicius

Eli Borochovicius é docente de finanças na PUC-Campinas. Doutor e Mestre em Educação pela PUC-Campinas, com estágio doutoral na Macquarie University (Austrália). Possui MBA em gestão pela FGV/Babson College (Estados Unidos), Pós-Graduação na USP em Política e Estratégia, graduado em Administração com linha de formação em Comércio Exterior e diplomado pela ADESG. Acumulou mais de 20 anos de experiência na área financeira, tendo ocupado o cargo de CFO no exterior. Possui artigos científicos em Qualis Capes A1 e A2 e é colunista do quadro Descomplicando a Economia da Rádio Brasil Campinas