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SÃO PAULO – Encerrada a cansativa semana na Bolsa, vamos mudar um pouco o assunto e tentar esfriar a cabeça. O cinema nacional chamou atenção na última quinta-feira (10) com o anúncio do Ministério da Cultura de que o longa da diretora Anna Muylaert, “Que Horas Ela Volta?” irá representar o Brasil na disputa por uma vaga na categoria melhor filme estrangeiro no Oscar 2016.
Desde “Cidade de Deus”, em 2004, o Brasil não consegue ter destaque com um filme concorrendo ao Oscar – maior premiação do cinema mundial. Após tentativas envolvendo a história do ex-presidente Lula e até filmes reconhecidos internacionalmente, como “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” (que foi escolhido ano passado, mas não chegou até os 5 finalistas), o Brasil volta a ter uma grande chance de levar algum prêmio no Oscar.
O longa brasileiro, que está em cartaz nos cinemas, já foi muito elogiado por publicações internacionais, como o New York Times, Le Figaro, El Pais e The Guardian. Além disso, o filme ganhou o prêmio da Confederação de Cinemas de Arte e Ensaio na seção Panorama do festival de Berlim, enquanto Regina Casé levou o prêmio especial do juri de melhor atriz em filme estrangeiro no Festival de Sundance, nos EUA.
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No longa, Val (Regina Casé) é uma mulher que sai do interior de Pernambuco, onde deixa uma filha pequena, Jéssica (Camila Márdila), com direção a São Paulo. Ela passa a trabalhar como babá de Fabinho e sente culpa por ter “abandonado” Jéssica. O reencontro acontece quando a garota resolve morar com a mãe para poder prestar o vestibular da USP.
A seleção final dos concorrentes na categoria ainda será definida pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood e os indicados devem ser divulgados no dia 14 de janeiro de 2016. A 88ª edição do Oscar acontece no dia 28 de fevereiro. A última vez que o Brasil teve um filme indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro foi em 1999, com “Central do Brasil”. Também concorreram ao prêmio “O pagador de promessas” (1963), “O quatrilho” (1996) e “O que é isso, companheiro?” (1998).