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Argentina: peso tem queda histórica de 54,24% e Bolsa sobe forte após anúncios do

Durante a campanha eleitoral, Milei prometeu eliminar os rígidos controles de capital do país

Equipe InfoMoney

Javier Milei (Foto: Twitter)
Javier Milei (Foto: Twitter)

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O peso oficial da Argentina sofreu uma desvalorização de 54,24% no início do pregão desta quarta-feira (13), após o governo ultraliberal de Javier Milei anunciar um forte aperto fiscal para combater a inflação anual descontrolada.

Para testes iniciais, vamos colocar (AHEB3) como referência. O radar corporativo desta quarta-feira (31) traz a distribuição de dividendos da Raízen (RAIZ4). Na temporada de balanços, a WEG (WEGE3) lucra R$ 1,44 bilhão no 2º trimestre, alta anual de 5,4%. Já a 3R

(RRRP3) teve prejuízo de R$ 363,1 milhões. A Tim (TIMS3), por sua vez, teve lucro líquido de R$ 781 milhões no segundo trimestre, alta de 22,5%. Enquanto isso, credores da Oi rejeitam proposta de R$ 1 bi da Ligga por ClientCo. Eletrobras diz que não há efetiva negociação com Tanure sobre participação na Emae.

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O primeiro registro eletrônico ficou em 801 unidades por dólar às 10h02 (horário de Brasília), contra um fechamento anterior de 366,55 unidades.

Já o índice de ações S&P Merval subiu 6,2%, atingindo a máxima intradiária de 1.072.661,76 pontos às 11h05 (horário de Brasília), o que representa um salto acumulado de 430,80% até o momento em 2023, em face da inflação estimada em 200% para este ano.

Os argentinos estão enfrentando uma inflação de cerca de 200% ao ano, com perda abrupta do poder de compra em seus salários, além de pobreza de mais de 40% e reservas líquidas negativas nas contas do banco central em meio à estagflação.

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O ministro da Economia, Luis Caputo, delineou na terça-feira uma série de medidas ortodoxas estabelecidas pelo novo presidente Javier Milei para lidar com a grave crise financeira, incluindo cortes drásticos nos gastos e uma desvalorização do peso para aumentar a competitividade.

“O dólar a 800 pesos é o valor mais alto desde o fim da conversibilidade”, quando a paridade do peso era de um para um em relação ao dólar, na década de 1990, disse o analista Salvador Vitelli à Reuters, observando que a desvalorização “é um pouco maior do que o mercado esperava”.

O banco central da Argentina vai manter sua taxa de juros de referência em 133% ao ano, informou o banco em um comunicado, e irá impor uma nova “paridade móvel” para enfraquecer o peso em 2% ao mês após a forte desvalorização.

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“A Argentina precisa promover uma taxa de câmbio flexível e confiável. Manter a flutuação cambial em um contexto de inflação crescente resultará novamente em uma taxa de câmbio supervalorizada em pouco tempo. Isso prepararia a Argentina para outra grande – e potencialmente desordenada – desvalorização no futuro”, projetou a consultoria Capital Economics.

O governo também disse que cortará os subsídios ao transporte e à energia e reduzirá as obras públicas a fim de eliminar o déficit fiscal para reduzir o risco-país, enquanto trabalha em um plano de reformas estruturais a ser enviado para sessões extraordinárias do Congresso Nacional.

“Isso nos leva a uma expectativa de déficit zero (…) Fica eliminada a emissão monetária para financiar o Tesouro”, disse o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, em uma coletiva de imprensa.

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“Precisamos de credibilidade, que não pode ser alcançada gastando mais do que temos”, acrescentou.

Durante a campanha eleitoral, Milei prometeu eliminar os rígidos controles de capital do país, com várias taxas de câmbio, que foram implementados para proteger as escassas reservas do banco central.

(com Reuters)