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O Ãndice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 1,2 ponto em outubro ante setembro, para 92,9 pontos, informou nesta quarta-feira (1) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o Ãndice recuou 0,4 ponto em outubro. No mês, a confiança avançou em apenas 35% dos 49 segmentos integrantes do indicador.
Aloisio Campelo Júnior, superintendente de estatÃsticas públicas do FGV/Ibre, comentou em nota que a extensão da tendência de queda da confiança aos quatro grandes setores pesquisados em outubro reforça a percepção de desaceleração dos segmentos cÃclicos da economia no quarto trimestre do ano.
“Na indústria e no comércio, o enfraquecimento da demanda já começa a impactar negativamente o Ãmpeto de contratações, enquanto nos serviços e na construção, a relativa resiliência do nÃvel de atividade ao longo do segundo semestre tem mantido este Ãmpeto estável”, avaliou.
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A queda do ICE em outubro foi consequência exclusivamente da deterioração das expectativas. Para Campelo Júnior, a piora das expectativas no horizonte de três meses é “um sinal de continuidade do ritmo morno de atividade nesta virada do ano”.
O Ãndice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 0,3 ponto em outubro ante setembro, para 94,8 pontos. Já o Ãndice de Expectativas (IE-E) recuou 3,5 pontos, para 89,6 pontos, na queda mais acentuada desde novembro de 2022.
Houve redução em todos os componentes de expectativas pelo segundo mês consecutivo. Os destaques foram os itens que avaliam a demanda no horizonte de três meses, com queda de 4,8 pontos, e a tendência dos negócios seis meses adiante, com diminuição de 1,2 ponto.
Na passagem de setembro para outubro, a confiança dos serviços caiu 1,6 ponto, para 95,3 pontos; a do comércio diminuiu 3,0 pontos, para 89,2 pontos; a da indústria teve redução de 0,2 ponto, para 90,8 pontos; e a construção encolheu 1,8 ponto, para 96,3 pontos.
O Ãndice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraÃdas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.