Justiça nega liminar de Tatá Werneck contra pirâmide financeira acusada de golpe de R$ 7 bi

Atriz global alega que a Atlas Quantum, acusada de golpe, está usando indevidamente sua imagem

Lucas Gabriel Marins

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A Justiça do Rio de Janeiro negou, nesta quinta-feira (10), uma liminar da atriz Tatá Werneck contra a Atlas Quantum, empresa de criptomoedas investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das pirâmides financeiras.

Na ação, movida no início deste mês, a atriz pede que o negócio, acusado de aplicar um golpe de R$ 7 bilhões por meio de um falso robô de investimentos, pare usar sua imagem e voz em fotos e vídeos, visto que o contrato de publicidade entre os dois acabou faz cinco anos.

No processo, também consta como parte interessada a empresa Facebook Serviços Online do Brasil Ltda, representação no país da rede social da Meta, por onde também foram veiculados materiais de publicidade da Atlas utilizando a imagem da apresentadora.

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Tatá era uma das garotas-propaganda da Atlas Quantum ao lado do ator Cauã Reymond e do apresentar Marcelo Tas, da TV Cultura. Os três foram convocados na CPI para prestar esclarecimentos sobre a parceria com o negócio.

Na decisão, o juiz disse que, antes de julgar a liminar, precisa primeiro ouvir a Atlas.

“Indefiro o pedido, eis que ausentes os elementos autorizadores ao deferimento da tutela antecipada, na forma como requerida, fazendo-se necessário a formação de contraditório para tal”, disse o juiz Marcelo Almeida de Moraes Marinho, do 1º Juizado Especial Cível da Regional da Barra da Tijuca.

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O escritório de advocacia que defende a atriz foi contatado, mas o advogado responsável pelo caso não estava presente. O espaço fica aberto para comentários.

A Atlas responde a cerca de 1.000 processos em todo o Brasil, sendo cerca de 700 só em São Paulo, onde foi fundada em 2018 pelos empresário Rodrigo Marques dos Santos (CEO do negócio) e Fabrício Spiazzi Sanfelice Cutis.

Segundo advogados ouvidos pela reportagem do InfoMoney em maio, Santos fugiu do Brasil e chegou a viver uma vida de luxo na Espanha e no México com o dinheiro das vítimas do esquema.

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Lucas Gabriel Marins

Jornalista colaborador do InfoMoney