Petrobras (PETR4) supera projeções e tem lucro líquido de R$ 43,34 bilhões no 4º tri, alta anual foi de 37,6%

Companhia divulgou seu resultado na noite desta quarta-feira

Vitor Azevedo Felipe Moreira

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A Petrobras (PETR3;PETR4) registrou um lucro líquido de R$ 43,341 bilhões no quarto trimestre de 2022, número 15% acima dos R$ 37,6 bilhões esperados pelo consenso Refinitiv e 37,6% superior ao registrado na mesma etapa de 2021. A companhia estatal divulgou seus números na noite desta quarta-feira (1).

Já na comparação trimestral, houve uma queda do lucro de cerca de 6%; no 3T22, a companhia havia lucrado R$ 46,1 bilhões. “Esse resultado é explicado principalmente pela desvalorização do [petróleo] brent, menores margens de derivados, maiores despesas com impairment, parcialmente compensado pelos ganhos com acordos de coparticipação nos campos de Sépia, Atapu e Búzios e pela valorização do real frente ao dólar, gerando um resultado financeiro favorável para a Petrobras”, diz o release de resultados.

No ano de 2022, a estatal registrou lucro de R$ 188,3 bilhões, alta de 76,6% frente 2021 e o maior lucro já registrado por uma empresa de capital aberto, segundo dados do TradeMap.

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A receita líquida da Petrobras no quarto trimestre, por sua vez, foi de R$ 158,579 bilhões, alta de 18,2% na comparação ano a ano e um pouco acima do consenso, de R$ 155,4 bilhões. Na comparação com o 3T22, contudo, houve um recuo de 6,8%.

A empresa informou que a receita com a venda de derivados atingiu R$ 99,2 bilhões no quarto trimestre, 21,3% acima do registrado no mesmo período de 2021. As exportações da companhia foram de R$ 36,1 bilhões, alta de 20,1% contra o quarto trimestre de 2021.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização [Ebitda, na sigla em inglês] ajustado ficou em R$ 73,1 bilhões, ante R$ 76 bilhões projetados pela Refinitiv. O resultado representa um aumento de 16,1% frente a mesma etapa de 2021.

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O retorno sobre o capital (ROCE) atingiu 15,9% no quarto trimestre de 2022, alta de 8,1 pontos percentuais (p.p.) na comparação ano a ano.

O lucro bruto da Petrobras foi de R$ 76,637 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 29,8% em relação ao mesmo período de 2021.

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O resultado financeiro líquido do 4T22 foi positivo em R$ 1,5 bilhão, ante um resultado negativo de R$ 8,0 bilhões no 3T22,
refletindo a valorização cambial do real frente ao dólar (R$ 5,22 em dezembro contra R$  5,41 em setembro de 2022) e ganhos em variações monetárias de dividendos antecipados.

Em 31 de dezembro de 2022, a dívida líquida da companhia era de US$ 41,516 bilhões, uma redução de 12,8% na comparação com a mesma etapa de 2021.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,63 vez em dezembro/22, queda de 0,46 p.p. em relação ao mesmo período de 2021.

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Dividendos

O Conselho de Administração da Petrobras autorizou, por maioria, o encaminhamento à Assembleia Geral de Acionistas, prevista para 27 de abril de 2023, a proposta de distribuição de dividendos equivalentes a R$ 2,74573369 brutos por ação preferencial e ordinária em circulação. Com isso, os dividendos totalizam R$ 35,7 bilhões no período.

“A aprovação do dividendo proposto está alinhada à Política de Remuneração aos Acionistas (Política) e é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia no curto, médio e longo prazos”, aponta.

A Diretoria Executiva (DE), por maioria, propôs ao Conselho o pagamento de dividendos em duas parcelas iguais nos meses de maio e junho, da seguinte forma:

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(i) primeira parcela, no valor de R$ 1,37286685 por ação preferencial e ordinária em circulação, será paga em 19 de maio de 2023.

(ii) segunda parcela, no valor de R$ 1,37286684 por ação preferencial e ordinária, será paga em 16 de junho de 2023.

A estatal, contudo, afirmou que, dado que o montante proposto ultrapassa a aplicação da fórmula prevista no item 4.2 da política de dividendos em R$ 0,49806828 por ação ordinária e preferencial no trimestre, o Conselho, por maioria, sugeriu que os acionistas da companhia avaliem a criação de uma Reserva Estatutária (Reserva), na forma da lei, para reter até R$ 0,49806828 por ação ordinária e preferencial do resultado do exercício social de 2022.

Caso os acionistas não acatem a sugestão do Conselho de criar a Reserva, ou, caso não seja retido todo o saldo, o Conselho, por maioria, recomendou aos acionistas que o pagamento desses R$ 0,49806828 por ação ordinária e preferencial ou do saldo remanescente ocorra em 27 de dezembro corrigido pela SELIC e deduzido do valor da segunda parcela de dividendos.

Já se a proposta de distribuição de dividendos for aprovada na Assembleia Geral dos Acionistas sem a retenção de reservas e sem postergação sugerida pelo CA aos acionistas, os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de maio e junho, conforme descrito acima.

A data de corte é o dia 27 de abril de 2023 para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 e o record date será dia 01 de maio de 2023 para os detentores de ADRs negociadas na New York Stock Exchange (NYSE). As ações da Petrobras serão negociadas ex-direitos na B3 e na NYSE a partir de 28 de abril de 2023.

Cabe destacar que os papéis da estatal tiveram dias conturbados nessa semana, com a reoneração de combustíveis, impostos sobre exportação de petróleo e novos rumores sobre mudanças na política de pagamento de proventos da estatal.