SoftBank demite cerca de 30% de seu quadro global de funcionários

Desligamentos fazem parte de reestruturação do grupo, que registrou dois semestres negativos consecutivos neste ano

Equipe InfoMoney

Masayoshi Son, fundador do SoftBank (Photo by Tomohiro Ohsumi/Getty Images)
Masayoshi Son, fundador do SoftBank (Photo by Tomohiro Ohsumi/Getty Images)

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O SoftBank, conglomerado japonês que investiu em empresas como Uber, Rappi, Nubank e Inter, demitiu 150 pessoas, número que representa cerca de 30% de sua equipe global nesta quinta-feira (29).

Os cortes foram feitos nas unidades do Vision Fund, em Londres, e SoftBank Group Internacional, com sede na Califórnia, braços do grupo, segundo informou a agência Reuters.

As demissões fazem parte de uma reestruturação do grupo, que vem enfrentando dois semestres de resultados negativos consecutivos em 2022.

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Na última divulgação de resultados, em 9 de agosto, o grupo reportou um prejuízo de US$ 23 bilhões — pouco mais de um ano depois de chocar seus críticos ao entregar o maior lucro da sua história.

Diante dessas circunstâncias, Masayoshi Son, CEO do grupo, já havia antecipado que seria necessário “reduzir os times drasticamente” e que todos os níveis, de todos os setores, em quaisquer países onde a companhia mantém operações serão afetados.

Do total de demissões, 10 profissionais faziam parte da operação da América Latina, segundo informações do BrazilJournal. O grupo tem dois fundos na região e já investiu US$ 7,6 bilhões dos US$ 8 bilhões disponíveis nos fundos. Em seu portfólio, o grupo conta com empresas como Nubank, Rappi, Gympass, Loft, Inter, QuintoAndar, Uber, MadeiraMadeira, Loggi, entre outras.

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O empresário também anunciou que iria frear novos investimentos e voltar suas atenções para apoiar as 473 companhias que já fazem parte do portfólio do SoftBank em uma espécie de medida defensiva diante de uma desaceleração de mercado.

Algumas das empresas apoiadas pelo SoftBank também enfrentam momentos complicados com demissões, como QuintoAndar, Loft e Loggi. Son chegou a afirmar na call de resultados que o período de “inverno” vai continuar e não se sabe se por três meses ou três anos.